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28/03/2006 - 14h10

Alckmin diz que governo de SP é "transparente" e que não teme investigação

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EPAMINONDAS NETO
da Folha Online

O governador Geraldo Alckmin (SP) disse hoje que não teme que a Assembléia Legislativa de São Paulo peça a abertura de uma CPI para investigar o suposto direcionamento de recursos de publicidade da Nossa Caixa em favor de aliados políticos. Segundo ele, o próprio banco já tomou "todas as medidas de investigação". "Foi ela [Nossa Caixa] quem comunicou ao Tribunal de Contas, abriu a sindicância, apurou, puniu."

"Não tem nenhum problema que a Assembléia investigue, chame as pessoas, abra CPI. O governo é totalmente transparente", disse Alckmin.

Reportagem publicada anteontem pela Folha mostra que o dinheiro de publicidade da Nossa Caixa foi usado em jornais, revistas e programas mantidos ou indicados por Wagner Salustiano (PSDB), 'Bispo Gê' (PTB), Afanázio Jazadji (PFL), Vaz de Lima (PSDB) e Edson Ferrarini (PTB). Correspondências eletrônicas obtidas pela reportagem indicam que as ordens partiram do então assessor especial de Comunicação de Alckmin, Roger Ferreira.

Ferreira pediu demissão ontem para não prejudicar a campanha eleitoral de Alckmin. O pedido foi aceito ontem mesmo pelo governador.

"Roger não precisava ter saído. Não tenho nenhum problema com assessor. Ele tomou essa decisão e eu aceitei o pedido. Ele fez um bom trabalho na Comunicação. Aproveitou bem os recursos que ele tinha", afirmou Alckmin.

Alckmin admitiu o erro, mas disse que não gerou prejuízos para a população. "Houve um erro, mas não teve prejuízo para a população porque foi um erro formal, que já foi reconhecido e foi suspenso o contrato."

Palocci

O governador paulista defendeu a oposição, acusa pelo governo de ter atacado o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda) para atingir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Palocci pediu afastamento ontem do cargo após o agravamento da crise deflagrada pela quebra do sigilo ilegal do caseiro Francenildo Costa.

"A oposição tem o dever de ir para cima dos fatos. Você fazer uma violação de sigilo, um aparelhamento de Estado, é muito grave", afirmou Alckmin.

Segundo ele, era o governo que queria desqualificar o depoimento de Francenildo para atacar a oposição. "No fundo, o objetivo era atingir a oposição, desqualificar a oposição. Era dizer: olha, essa pessoa estava sendo comprada."

O extrato da conta de Francenildo na Caixa Econômica Federal mostrou que o caseiro recebeu R$ 25 mil em depósitos de janeiro até agora --quantia incompatível com sua renda mensal de R$ 700. O caseiro contradisse Palocci ao dizer que o ex-ministro era frequentador da casa alugada em Brasília para fechamento de negócios suspeitos entre lobistas e festas com prostitutas.

Alckmin também criticou a política econômica do presidente Lula. "É uma política monetária incompatível com o crescimento. Tem uma taxa de juros altíssima, que inibe o crescimento. Há também um saldo de balança comercial que atrapalha o câmbio. De outro lado você não melhorou o gasto público."

"Você tem duas bolas de ferro que seguram a economia: uma carga tributária pesada e uma taxa de juros altíssima. Será que eles vão fazer as reformas que precisam ser feitas?."

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