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28/03/2006
-
20h43
CRISTIANO MACHADO
da Agência Folha, em Presidente Prudente
O governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, disse hoje que seus adversários estão tentando "tirar uma casquinha" e "tirar proveito político" das denúncias de favorecimento de deputados estaduais aliados na distribuição de verbas de publicidade da Nossa Caixa.
"O pessoal fica querendo tirar uma casquinha, tirar proveito político [da situação], mas não tenho medo de cara feia", disse.
A declaração, dada em Presidente Prudente (565 km a oeste de SP), onde esteve à tarde para anunciar obras em rodovias da região, se refere a reportagem da Folha, publicada domingo, segundo a qual o governo paulista direcionou verbas publicitárias do banco estatal para favorecer veículos de imprensa indicados ou mantidos por parlamentares da base aliada na Assembléia Legislativa.
Alckmin disse considerar um gesto "generoso" o pedido de demissão aceito pelo governador do assessor especial de Comunicação do governo do Estado, Roger Ferreira --que, segundo a reportagem, era quem determinava quais meios de comunicação receberiam cotas de publicidade do banco estatal. "[A demissão] Ocorreu para evitar constrangimento. Acho que ele foi generoso ao agir dessa forma."
O governador se referiu ao ex-assessor como "uma pessoa correta, séria e direita". Questionado se a denúncia poderia ter reflexos negativos em sua campanha, Alckmin disse que em período eleitoral "isso é normal" e que não teme o surgimento de novas denúncias. "Estou tranqüilo, vou em frente", disse.
Alckmin voltou a afirmar que não há ilegalidade e ingerência política na distribuição de verbas. "Não há nada disso. A distribuição de verbas publicitárias obedece a critérios técnicos."
Ele disse ainda que o governo foi "transparente" nas investigações. "Nós que pedimos a investigação. A Nossa Caixa abriu uma sindicância, um diretor [ex-gerente de marketing Jaime de Castro Júnior] foi demitido por justa causa e encaminhamos o relatórios para o Ministério Público e Tribunal de Contas. Mais transparência, impossível", disse.
Palocci
Em relação à troca no Ministério da Fazenda, Alckmin afirmou que a saída de Antonio Palocci do cargo "era inevitável". "Era inevitável devido à gravidade da situação que nós vivemos. Violar, romper o sigilo para poder atemorizar o depoimento, a oposição, foi muito grave."
Por outro lado, ele desejou "bom trabalho" ao substituto Guido Mantega. "Desejo ao novo ministro Guido Mantega bom trabalho. É isso que todo o Brasil quer."
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Oposição quer tirar "casquinha" e "proveito político" de denúncias, diz Alckmin
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da Agência Folha, em Presidente Prudente
O governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, disse hoje que seus adversários estão tentando "tirar uma casquinha" e "tirar proveito político" das denúncias de favorecimento de deputados estaduais aliados na distribuição de verbas de publicidade da Nossa Caixa.
"O pessoal fica querendo tirar uma casquinha, tirar proveito político [da situação], mas não tenho medo de cara feia", disse.
A declaração, dada em Presidente Prudente (565 km a oeste de SP), onde esteve à tarde para anunciar obras em rodovias da região, se refere a reportagem da Folha, publicada domingo, segundo a qual o governo paulista direcionou verbas publicitárias do banco estatal para favorecer veículos de imprensa indicados ou mantidos por parlamentares da base aliada na Assembléia Legislativa.
Alckmin disse considerar um gesto "generoso" o pedido de demissão aceito pelo governador do assessor especial de Comunicação do governo do Estado, Roger Ferreira --que, segundo a reportagem, era quem determinava quais meios de comunicação receberiam cotas de publicidade do banco estatal. "[A demissão] Ocorreu para evitar constrangimento. Acho que ele foi generoso ao agir dessa forma."
O governador se referiu ao ex-assessor como "uma pessoa correta, séria e direita". Questionado se a denúncia poderia ter reflexos negativos em sua campanha, Alckmin disse que em período eleitoral "isso é normal" e que não teme o surgimento de novas denúncias. "Estou tranqüilo, vou em frente", disse.
Alckmin voltou a afirmar que não há ilegalidade e ingerência política na distribuição de verbas. "Não há nada disso. A distribuição de verbas publicitárias obedece a critérios técnicos."
Ele disse ainda que o governo foi "transparente" nas investigações. "Nós que pedimos a investigação. A Nossa Caixa abriu uma sindicância, um diretor [ex-gerente de marketing Jaime de Castro Júnior] foi demitido por justa causa e encaminhamos o relatórios para o Ministério Público e Tribunal de Contas. Mais transparência, impossível", disse.
Palocci
Em relação à troca no Ministério da Fazenda, Alckmin afirmou que a saída de Antonio Palocci do cargo "era inevitável". "Era inevitável devido à gravidade da situação que nós vivemos. Violar, romper o sigilo para poder atemorizar o depoimento, a oposição, foi muito grave."
Por outro lado, ele desejou "bom trabalho" ao substituto Guido Mantega. "Desejo ao novo ministro Guido Mantega bom trabalho. É isso que todo o Brasil quer."
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