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30/03/2006
-
09h46
CATIA SEABRA
da Folha de S.Paulo
Disposto a ficar no cargo até o prazo final e incentivado a conferir maior formalidade à renúncia, o prefeito de São Paulo, José Serra, só anunciará amanhã a decisão de concorrer ao governo do Estado. Serra -- que se preparava para enviar ontem mesmo uma mensagem à Câmara -- mudou de idéia após ser estimulado a redigir um discurso de despedida.
O prefeito também consultou o presidente da Câmara, Roberto Tripoli, que ofereceu uma interpretação da Lei Orgânica diferente da versão da assessoria jurídica do PSDB. Para Tripoli, basta apresentar a mensagem ao Legislativo para que a renúncia seja oficializada. "Protocolou a carta, acabou. Não é mais prefeito", resume ele, que ontem esteve na prefeitura.
Serra nem poderia fazer nomeações programadas para hoje. Segundo essa interpretação, a mensagem nem precisa ser lida para ter validade. E sua publicação no "Diário Oficial" pode ser posterior ao prazo legal (1º de abri).
Mas Serra deverá protocolar o documento amanhã de manhã, a tempo de ser publicada sábado.
Segundo tucanos, Serra preferiria uma saída discreta. Convencido a dar caráter formal à saída, aproveitará a presença de políticos que prestigiarão a posse do vice-governador Cláudio Lembo.
Embora adie o anúncio, Serra avança na costura de alianças. Ontem, o prefeito de São Bernardo, William Dib admitiu como alta --"pelo menos de 70%"-- a probabilidade de o PSB se unir ao PSDB no Estado. "Com o PT, essa chance é menor que zero."
Dib não quis confirmar se a negociação foi objeto do jantar que teve com Serra na semana passada. Mas apontou como "uma solução natural" a composição, especialmente se a disputa ficar polarizada. "Temos o PT como adversários em São Paulo."
Cotado para a vice de Serra, Dib jura que isso não foi alvo da conversa. Mas, dizendo-se "lisonjeado" por ter sido cogitado, alegou que não poderia deixar a prefeitura agora na expectativa do sucesso de uma negociação que só se encerra em junho.
Enquanto Serra posterga, o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, já dá como certa a candidatura a ponto de não se constranger com deslizes. "Tenho conversado com o prefeito, que está animado. Não vou fazer anúncio. Vamos deixar que o prefeito transmita a posição."
Questionado por ter falado em anúncio, Alckmin nem se abalou. 'Não precisa ter festa. Mas há um fato. Deixe que ele diga.'
Presente à cerimônia para desativação de unidade da Febem, o vereador José Aníbal avisou que manterá sua candidatura. Alckmin, porém, prometeu se "empenhar pelo entendimento". "Hoje tem um sentimento partidário e popular de entusiasmo pela candidatura do prefeito", disse.
Alckmin envia hoje sua mensagem à Assembléia. Na segunda-feira, viajará a Brasília para a primeira reunião de campanha.
Para a coordenação, o escolhido deverá ser o senador Sérgio Guerra (PE). Segundo tucanos, seu nome foi sugerido pelo presidente do PSDB, Tasso Jereissati. Guerra teria aceitado, mas disse a interlocutores que sua escolha não foi oficializada.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre eleições de 2006
Serra fará amanhã anúncio oficial de renúncia e da candidatura ao governo
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da Folha de S.Paulo
Disposto a ficar no cargo até o prazo final e incentivado a conferir maior formalidade à renúncia, o prefeito de São Paulo, José Serra, só anunciará amanhã a decisão de concorrer ao governo do Estado. Serra -- que se preparava para enviar ontem mesmo uma mensagem à Câmara -- mudou de idéia após ser estimulado a redigir um discurso de despedida.
O prefeito também consultou o presidente da Câmara, Roberto Tripoli, que ofereceu uma interpretação da Lei Orgânica diferente da versão da assessoria jurídica do PSDB. Para Tripoli, basta apresentar a mensagem ao Legislativo para que a renúncia seja oficializada. "Protocolou a carta, acabou. Não é mais prefeito", resume ele, que ontem esteve na prefeitura.
Serra nem poderia fazer nomeações programadas para hoje. Segundo essa interpretação, a mensagem nem precisa ser lida para ter validade. E sua publicação no "Diário Oficial" pode ser posterior ao prazo legal (1º de abri).
Mas Serra deverá protocolar o documento amanhã de manhã, a tempo de ser publicada sábado.
Segundo tucanos, Serra preferiria uma saída discreta. Convencido a dar caráter formal à saída, aproveitará a presença de políticos que prestigiarão a posse do vice-governador Cláudio Lembo.
Embora adie o anúncio, Serra avança na costura de alianças. Ontem, o prefeito de São Bernardo, William Dib admitiu como alta --"pelo menos de 70%"-- a probabilidade de o PSB se unir ao PSDB no Estado. "Com o PT, essa chance é menor que zero."
Dib não quis confirmar se a negociação foi objeto do jantar que teve com Serra na semana passada. Mas apontou como "uma solução natural" a composição, especialmente se a disputa ficar polarizada. "Temos o PT como adversários em São Paulo."
Cotado para a vice de Serra, Dib jura que isso não foi alvo da conversa. Mas, dizendo-se "lisonjeado" por ter sido cogitado, alegou que não poderia deixar a prefeitura agora na expectativa do sucesso de uma negociação que só se encerra em junho.
Enquanto Serra posterga, o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, já dá como certa a candidatura a ponto de não se constranger com deslizes. "Tenho conversado com o prefeito, que está animado. Não vou fazer anúncio. Vamos deixar que o prefeito transmita a posição."
Questionado por ter falado em anúncio, Alckmin nem se abalou. 'Não precisa ter festa. Mas há um fato. Deixe que ele diga.'
Presente à cerimônia para desativação de unidade da Febem, o vereador José Aníbal avisou que manterá sua candidatura. Alckmin, porém, prometeu se "empenhar pelo entendimento". "Hoje tem um sentimento partidário e popular de entusiasmo pela candidatura do prefeito", disse.
Alckmin envia hoje sua mensagem à Assembléia. Na segunda-feira, viajará a Brasília para a primeira reunião de campanha.
Para a coordenação, o escolhido deverá ser o senador Sérgio Guerra (PE). Segundo tucanos, seu nome foi sugerido pelo presidente do PSDB, Tasso Jereissati. Guerra teria aceitado, mas disse a interlocutores que sua escolha não foi oficializada.
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