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30/03/2006 - 18h11

Ministério Público quer tomar depoimento de Palocci na próxima semana

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FAUSTO SALVADORI FILHO
da Folha Online

Além das Polícias Civil e Federal, a Promotoria Pública de Ribeirão Preto também pretende intimar o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda) a prestar depoimento nos próximos dias.

"No que depender de mim, gostaria de ouvi-lo já na próxima semana", afirmou o promotor Aroldo Costa Filho, do Ministério Público em Ribeirão Preto (314 km de SP).

Segundo o promotor, Palocci é investigado em cerca de 20 inquéritos civis públicos, que apuram irregularidades do tempo em que ele era prefeito da cidade.

Entre os casos investigados pelo MP, estão concursos fraudulentos e licitações suspeitas --entre elas uma compra de R$ 1,25 milhão em cestas básicas que exigia um molho especial de tomate peneirado com ervilhas.

"Vamos levar dois a três dias para ouvir o ex-ministro sobre todos os casos", disse o promotor. "Ouvimos dizer que ele está doente e não queremos prejudicar a saúde dele."

O ex-ministro conseguiu adiar para a próxima semama o depoimento que daria amanhã à Polícia Federal. Um atestado médico entregue pelo seu advogado indica que ele está com cansaço e estresse.

Segundo Aroldo, era difícil convocar Palloci para um depoimento no MP por conta da agenda de viagens que tinha como ministro. "Agora que ele saiu do ministério vai ficar mais fácil intimá-lo."

Palocci pediu demissão do cargo na última segunda-feira na esteira da crise detonada pela quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, que afirmou ter visto o então ministro numa casa em Brasília usada para encontro de lobistas e festas com garotas de programa.

Polícia Civil

Além do Ministério Público, a gestão de Palocci na Prefeitura de Ribeirão Preto também é investigada pela Polícia Civil. O delegado seccional da cidade, Benedito Antonio Valencise, também vai intimar o ex-ministro e espera definir amanhã a data do depoimento.

Enquanto era ministro, Palocci tinha foro privilegiado e não podia ser indiciado pela polícia. Aproveitando a demissão de Palocci, o delegado já avisou que pretende indiciá-lo ao lado de outras "oito ou dez" pessoas pelos crimes de peculato (funcionário público que se apropria de dinheiro em função do cargo que ocupa ou de bem público), falsidade ideológica e formação de quadrilha.

Valencise preside o inquérito criminal que investiga a existência de um suposto esquema de corrupção envolvendo Palocci e as empresas de varrição contratadas pelo município.

Palocci também é investigado pela Polícia Federal, por conta da quebra do sigilo de Francenildo. O depoimento está marcado para a próxima semana.

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