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03/04/2006 - 19h46

Lula compara eleição com Copa do Mundo e recomenda humildade

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PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília

Numa referência às eleições de outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou hoje o seu futuro político a uma Copa do Mundo. Ele recomendou humildade a sua equipe, que deve evitar o clima de já ganhou.

"Nós precisamos trabalhar mais, muito mais, fazer mais e fazer melhor, porque nós sabemos o que nos espera. O jogo que nós temos que enfrentar é mais ou menos igual à Copa do Mundo. Não adianta dizer que o Brasil é a melhor seleção. Teoricamente é. Não adianta dizer que o Brasil tem os melhores jogadores. Teoricamente tem. Se a gente analisar, a gente vai dizer: o Brasil vai ser campeão do mundo. Todo mundo sabe que Copa do Mundo é assim. Como todo mundo sabe que a disputa neste país também não é fácil. Nós temos que, de daqui para frente, pé no chão, muita humildade, mas muita coragem de brigar porque nós temos muito ainda a apresentar ao povo brasileiro", afirmou o presidente ao dar posse hoje a nove novos ministros.

Ao novo coordenador político do governo, o ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, Lula avisou que as relações com o Congresso Nacional não são fáceis. "A convivência com o Congresso, por mais democrática que seja, é sempre muito difícil, porque são difíceis as relações políticas num mundo democrático, em qualquer país do mundo."

Ao comentar que Tarso já estaria encontrando o caminho "asfaltado" pelos seus antecessores (José Dirceu, Aldo Rebelo e Jaques Wagner), citados nominalmente, Lula afirmou que espera que o novo ministro consiga dar continuidade ao trabalho que vinha sendo bem desempenhado por Wagner.

"Eu só peço a Deus que nosso companheiro Tarso Genro consiga fazer o que você fez [Jaques]. Vou torcer para ele fazer mais e melhor do que você até porque ele já tem a trilha que foi aberta, num primeiro momento pelo José Dirceu, depois pelo Aldo [Rebelo], depois por você. Tarso está pegando um caminho asfaltado", disse.

Lula agradeceu a cada ministro que deixou o governo para disputar as eleições de outubro, e comparou os próximos meses do seu mandato a uma máquina que está andando, mas que precisa de combustível. "A máquina está andando, o que temos que fazer é colocar mais lenha na caldeira para ela andar mais rápido", afirmou.

Balanço

Durante solenidade de posse dos nove novos ministros, o presidente fez um balanço dos trabalhos feitos por cada um.

Citou o reaparelhamento das Forças Armadas, a retomada do projeto Rondon com Alencar no Ministério da Defesa; a fiscalização e controle dos gastos públicos em 981 municípios pela Controladoria Geral da União comandada até agora por Waldir Pires; a articulação política de Jaques Wagner; o projeto Segundo Tempo do ministro Agnelo Queiroz; as farmácias populares do Ministério da Saúde e os gastos com o Sistema Único de Saúde, sob o comando do ministro Saraiva Felipe; o projeto de revitalização do rio São Francisco e da ferrovia Transnordestina por Ciro Gomes; ações no setor de transportes, por Alfredo Nascimento; as relações com o campo, conduzidas por Miguel Rossetto; e a importância da Secretaria da Pesca, comandada por José Fritsh.

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