Publicidade
Publicidade
04/04/2006
-
09h24
ADRIANO CEOLIN
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O ministro Sepúlveda Pertence, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu ontem mais uma liminar ao presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, autorizando seus advogados a intervir livremente durante a acareação marcada para hoje na CPI dos Bingos.
Amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Okamotto já obteve outras duas liminares no STF na semana passada. A primeira, do ministro Eros Grau, o desobrigou de prestar novo depoimento porque a CPI não poderia tê-lo convocado para esse fim, porque havia aprovado uma acareação.
A segunda, do mesmo Pertence, não dispensou Okamotto de comparecer hoje à acareação com o economista Paulo de Tarso Venceslau, mas diz que ele não será obrigado a responder a perguntas que não tenham relação com o alvo de investigação.
Na prática, significa que ele não precisará dar explicações sobre o pagamento em dinheiro que diz ter feito em 2004 de dívida de R$ 29,4 mil de Lula com o PT.
Em janeiro, uma liminar do então presidente do STF, Nelson Jobim, depois confirmada pelo ministro Cezar Peluso, suspendeu a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Okamotto.
Mesmo sem saber da decisão de ontem do Supremo, o relator da CPI dos Bingos, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), criticou as restrições impostas pelo STF para a realização da acareação.
"Eu acho que a decisão do STF é ruim para o resultado da acareação. Precisamos de uma certa liberdade. Só o fato de o STF condicionar as perguntas já nos inibe", afirmou o relator.
Ex-militante do PT, o economista Paulo de Tarso Venceslau acusa Okamotto de comandar um esquema de arrecadação de recursos irregulares em prefeituras do PT no início dos anos 90. Hoje será a primeira vez desde 1987, quando Venceslau o acusou, os dois ficarão frente a frente.
"As denúncias são antigas, mas nunca foram respondidas. Quem sabe desta vez é diferente", disse Venceslau. Em depoimento à CPI no ano passado, Okamotto negou todas as acusações de Venceslau.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Paulo Okamotto
Ministro do STF autoriza defesa de Okamotto a intervir em acareação
Publicidade
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O ministro Sepúlveda Pertence, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu ontem mais uma liminar ao presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, autorizando seus advogados a intervir livremente durante a acareação marcada para hoje na CPI dos Bingos.
Amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Okamotto já obteve outras duas liminares no STF na semana passada. A primeira, do ministro Eros Grau, o desobrigou de prestar novo depoimento porque a CPI não poderia tê-lo convocado para esse fim, porque havia aprovado uma acareação.
A segunda, do mesmo Pertence, não dispensou Okamotto de comparecer hoje à acareação com o economista Paulo de Tarso Venceslau, mas diz que ele não será obrigado a responder a perguntas que não tenham relação com o alvo de investigação.
Na prática, significa que ele não precisará dar explicações sobre o pagamento em dinheiro que diz ter feito em 2004 de dívida de R$ 29,4 mil de Lula com o PT.
Em janeiro, uma liminar do então presidente do STF, Nelson Jobim, depois confirmada pelo ministro Cezar Peluso, suspendeu a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Okamotto.
Mesmo sem saber da decisão de ontem do Supremo, o relator da CPI dos Bingos, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), criticou as restrições impostas pelo STF para a realização da acareação.
"Eu acho que a decisão do STF é ruim para o resultado da acareação. Precisamos de uma certa liberdade. Só o fato de o STF condicionar as perguntas já nos inibe", afirmou o relator.
Ex-militante do PT, o economista Paulo de Tarso Venceslau acusa Okamotto de comandar um esquema de arrecadação de recursos irregulares em prefeituras do PT no início dos anos 90. Hoje será a primeira vez desde 1987, quando Venceslau o acusou, os dois ficarão frente a frente.
"As denúncias são antigas, mas nunca foram respondidas. Quem sabe desta vez é diferente", disse Venceslau. Em depoimento à CPI no ano passado, Okamotto negou todas as acusações de Venceslau.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice