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04/04/2006 - 16h09

Relatório paralelo do PT nega mensalão e exclui Dirceu

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da Folha Online

O PT apresentou hoje o seu voto em separado --mais conhecido como relatório paralelo-- para a CPI dos Correios. Diferentemente do texto apresentado na semana passada pelo deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), o relatório do PT nega a existência do "mensalão".

O relatório de Serraglio não só confirma a existência do esquema do "mensalão", como informa que o pagamento da mesada não é caixa dois de campanha eleitoral.

O documento do PT --distribuído em três volumes
-- retira as acusações contra os ex-ministros Luiz Gushiken (Secretaria de Comunicação de Governo) e José Dirceu (Casa Civil). A proposta do PT sugere que o Ministério Público investigue a ação de Gushiken e Dirceu. O relatório de Serraglio pedia o indiciamento dos dois por corrupção ativa.

O chamado relatório paralelo do PT cita os 18 deputados e ex-deputados envolvidos no suposto esquema de "mensalão" e pede que o Ministério Público investigue possíveis irregularidades cometidas por eles.

Impasse

A oposição insiste em votar o texto elaborado pelo relator. A persistência desse impasse entre a oposição e o PT pode fazer com que a CPI termine sem votar nenhum relatório. O PT quer aprovar o chamado relatório paralelo.

A primeira tentativa de votação deveria ocorrer hoje. Mas tanto a oposição como os governistas descartam a possibilidade de votar qualquer relatório hoje. Em tese, a CPI tem até segunda-feira --data de seu término-- para votar o seu relatório.

O deputado ACM Neto (PFL-BA), entretanto, já cogita a possibilidade da CPI terminar sem aprovar nenhum relatório, já que o PT tem votos necessários para derrubar o texto de Serraglio.

O problema, segundo ACM Neto, é que o PT não tem votos suficientes para aprovar o voto em separado. "O PT não tem voto para aprovar todas as alterações [que propõe]."

O deputado petista Maurício Rands (PE) admitiu que o PT ainda tenta negociar com outros partidos a aprovação do relatório paralelo. "Temos questões pendentes no PMDB, o que traz alguma incerteza [sobre a votação]. É provável que o governo tenha maioria."

O sub-relator de contratos, deputado José Eduardo Cardoso (PT-SP), já havia manifestado o temor sobre a não votação de nenhum relatório. "Não ter relatório é a verdadeira pizza."

Com Agência Câmara

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