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09/04/2006 - 09h25

Falta de estrutura marca 1ª semana da pré-campanha tucana à Presidência

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JOSÉ ALBERTO BOMBIG
do Painel da Folha de S.Paulo
CÁTIA SEABRA
da Folha de S.Paulo

A primeira semana da pré-campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência foi marcada pela falta de estrutura e a quase total desarticulação entre seus principais componentes.
Pior ainda para os tucanos: enquanto Alckmin circulava entre Brasília, Minas, Goiás e Rio, o PT bombardeava o ex-governador, em São Paulo, por conta das denúncias envolvendo o uso de verbas da Nossa Caixa e a doação de vestidos a Lu Alckmin.

Até parte dos pefelistas, insatisfeita com a distribuição de cargos no governo do correligionário Cláudio Lembo, tem ajudado o PT a esquentar o caso Nossa Caixa na Assembléia paulista.

Acostumado a trabalhar com seu grupo paulista nos cinco anos à frente do Estado, Alckmin teve dificuldades no trânsito com parlamentares de PSDB e PFL, seu aliado potencial, em dois dias em Brasília, segunda e terça.

Na segunda, o tucano pediu uma defesa frontal do PSDB ante às denúncias do PT. Mas um dos poucos senadores a ocupar o plenário para defendê-lo foi Sérgio Guerra (PE), coordenador da campanha, assim mesmo dias depois. Na Câmara, os expoentes tucanos estavam mais preocupados com o final da CPI dos Correios e a votação em plenário da cassação de João Paulo Cunha (PT-SP).

No PFL, os líderes não sabiam ao certo a quem recorrer em busca de orientações de campanha. Anteontem, ficou definido que o senador Heráclito Fortes (PI) será o representante do partido na organização da campanha.

Também anteontem, Alckmin inaugurou seu escritório em São Paulo, na zona sul. Mas o próprio pré-candidato preferia dar expediente na sede do PSDB paulista.

Até sexta, a pré-campanha não contava com assessor de imprensa, tesoureiro e parte operacional.

Tudo isso parece não incomodar Alckmin. "Isso [a campanha] é uma corrida de fundo, não pode largar a 100 km/h", diz. "Vamos empurrar isso para agosto, depois da Copa do Mundo, quando começa o programa de TV."

O ex-governador tem demonstrado cuidado excessivo, na opinião de aliados, com a legislação eleitoral, já que seu nome ainda não foi homologado em convenção. Uma de suas orientações, por exemplo, é para os aliados não colocarem faixas de campanha.

Apesar disso, a cúpula de sua campanha ainda não definiu quem elaborará um estudo jurídico sobre o que pode e o que não pode ser feito na atual fase.

Outro cuidado diz respeito aos meios de locomoção. Em São Paulo, ele vai trabalhar com uma frota de táxis. Para as viagens de longa distância, dará preferência aos vôos de carreira.

O pré-candidato tenta tirar proveito da aparente falta de estrutura, passando a imagem de que terá uma campanha pobre. "Será uma campanha franciscana." Alckmin prepara, no entanto, o roteiro de suas viagens pelo país. O tucano deverá intensificar sua agenda no Norte e no Nordeste.

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