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10/04/2006 - 20h32

Alckmin atribui origem das acusações a "petistóides"

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KAMILA FERNANDES
da Agência Folha, em Teresina

Alvo de denúncias desde que lançou sua pré-candidatura à Presidência, Geraldo Alckmin (PSDB) reagiu hoje às acusações classificando-as de "oportunistas" e atribuindo a origem delas a "petistóides".

"Adversário não manda flores, mas não tem problema, não tenho medo de cara feia e não me escondo, não sou omisso, assumo responsabilidade", disse Alckmin hoje em Teresina, onde comemorou a aliança fechada entre o PSDB e o PFL para a chapa ao governo do Piauí, com o lançamento da candidatura do tucano Firmino Filho.

Sobre os serviços prestados ao Estado de São Paulo por seu médico acupunturista particular, Jou Eel Jia, Alckmin disse que o médico realiza trabalhos voluntários e que prestou serviços até para a Prefeitura de São Paulo na gestão de Marta Suplicy (PT), além de outros Estados, sempre de graça.

"Ele nunca recebeu um centavo. O povo e o governo de São Paulo devem muito a ele", disse o pré-candidato.

Em relação à sociedade que seu filho Thomaz Rodrigues, 22, tem com a filha desse mesmo acupunturista, Alckmin afirmou que se trata apenas de uma microempresa, que nunca vendeu nada para o Estado.

Ele também disse que não há problema algum em um órgão estadual patrocinar a revista "Ch'an Tao", que pertence a uma associação presidida por Jou. "A revista é de uma entidade sem fins lucrativos, que trata de temas como saúde, e não há nenhum problema do Estado fazer sua promoção."

A revista recebeu R$ 60 mil em publicidade da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista em 2005 e outros R$ 60 mil já foram aprovados para a próxima edição.

Segundo o tucano, "nada vai ficar sem resposta". "Vida pública é pública. Quem não quiser ter vida pública não entre na política. Não são denúncias do Ministério Público, são os petistóides, é a turma do PT, que agora quer puxar todo mundo para o fundo do poço. Negativo: as pessoas não são iguais", disse.
"O interessante é que tudo isso apareceu depois que virei candidato a presidente da República. Uma coisa totalmente oportunista."

Alckmin tem dito que não irá atacar o presidente Lula na campanha e repetiu isso hoje, mas não deixou de fazer críticas ao governo do petista e seu contrapôs a ele.

Segundo o pré-candidato, "o governo que é fraco com o ladrão foi violento contra um nordestino pobre". Ele fazia menção à violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, que contradisse o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda) em depoimentos na CPI dos Bingos e na Polícia Federal.

"O presidente se esconde, faz de conta que não é com ele. Ele não fala, não presta contas à sociedade", disse. "Se Lula tinha conhecimento do que acontecia, tem toda a responsabilidade. Se Lula não tinha conhecimento, mas que governante é esse que não sabe o que se passa na sala ao seu lado? Eu fui governador e é evidente que o governante sabe das coisas."

Presidente nacional do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE) afirmou que os adversários podem investigar o que quiserem sobre a administração de Alckmin. "Não vão encontrar nenhum José Dirceu, nenhum Palocci, não há a menor possibilidade", disse.

Nordeste

Alckmin afirmou que o nome do vice deve ser mesmo decidido pelo PFL e que é natural que seja alguém do Nordeste, por ser a segunda região mais populosa do país. Ele, porém, não falou em nomes. O senador Heráclito Fortes (PI), escolhido para coordenar a pré-campanha presidencial em todo o país pelo lado do PFL, participará das negociações. Para Alckmin, não há pressa para a decisão do vice.

"Eu estou há cinco meses longe da TV. As pesquisas retratam o nível de conhecimento hoje. Na hora que começar o horário eleitoral, aí muda tudo. Vamos ter um Fla-Flu."

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