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11/04/2006
-
07h30
da Folha de S.Paulo
A pesquisa Datafolha realizada nos últimos dias 6 e 7 revela que a vantagem que o pré-candidato Geraldo Alckmin (PSDB) tem sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Estado de São Paulo --principal base eleitoral do tucano-- diminuiu 10 pontos percentuais de março para abril.
Na pesquisa anterior do instituto, feita nos dias 16 e 17 de março, Alckmin tinha 16 pontos de diferença sobre o presidente no Estado (48% contra 32%). No levantamento da semana passada, essa distância caiu para seis pontos: a taxa de intenção de voto em Alckmin recuou para 41%, enquanto a preferência por Lula atingiu 35%.
A maior perda de Alckmin ocorreu no interior paulista, onde o tucano caiu de 50% para 41%, enquanto o petista subiu de 27% para 36%. Na região metropolitana, tanto Alckmin quanto Lula tiveram quedas, mas a variação do tucano foi mais acentuada (Alckmin passou de 46% para 42%, e Lula, de 36% para 33%). Na capital, os dois oscilaram para baixo (dois pontos no caso do ex-governador, e um no do presidente).
Na opinião do diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, "a pesquisa do Datafolha captou melhor os reflexos das denúncias em relação a Alckmin que, aparentemente, foram mais acentuados no Estado de São Paulo".
O tucano perdeu sete pontos em seu Estado, contra cinco na região Sudeste (caiu de 32% para 27%) e três no país (passou de 23% para 20%).
Paulino lembra ainda que a pesquisa anterior captava um momento bastante favorável a Alckmin, na qual ele tinha boa exposição na mídia em razão do anúncio de sua candidatura a presidente. De lá para cá, a exposição positiva de Alckmin encolheu, enquanto a negativa se ampliou.
Corrupção e voto
A pesquisa evidencia também que a percepção de corrupção no governo não é um impedimento absoluto para o voto.
Dos eleitores que acreditam na existência de casos de irregularidades na administração federal, 34% pretendem votar em Lula, contra 23% que preferem Alckmin.
Mais: 21% dos eleitores que acreditam que Lula tem muita responsabilidade nas irregularidades afirmam que votarão no presidente em outubro, assim como 40% dos que acham que o presidente tem um pouco de responsabilidade nesses fatos.
Segundo Paulino, "um segmento do eleitorado considera a corrupção aceitável, desde que ela não seja em benefício próprio".
Dobradinha Lula-Serra
O levantamento do Datafolha aponta ainda que uma parcela significativa do eleitorado de Lula pretende votar no ex-prefeito paulistano José Serra (PSDB) para governador do Estado.
Dos adeptos do presidente, 42% planejam votar no tucano para governador, contra 33% que preferem a ex-prefeita Marta Suplicy (PT). Quando Aloizio Mercadante é o candidato do PT, o tucano alcança 45%, contra 25% do petista.
A mesma intersecção aparece, embora em menor grau, no eleitorado de Serra: 56% dos eleitores do ex-prefeito planejam votar em Alckmin para presidente, mas 26% devem votar em Lula.
O diretor-geral do Datafolha observa que esse fenômeno não é novo: "Já vimos essa história antes em São Paulo. Muita gente votava em Lula para presidente e em Maluf para governador. Agora isso vem se repetindo com Serra. Isso prova que o eleitor separa a pessoa do Lula do partido".
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Leia o que já foi publicado sobre pesquisa Datafolha
Vantagem de Alckmin em SP cai 10 pontos
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A pesquisa Datafolha realizada nos últimos dias 6 e 7 revela que a vantagem que o pré-candidato Geraldo Alckmin (PSDB) tem sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Estado de São Paulo --principal base eleitoral do tucano-- diminuiu 10 pontos percentuais de março para abril.
Na pesquisa anterior do instituto, feita nos dias 16 e 17 de março, Alckmin tinha 16 pontos de diferença sobre o presidente no Estado (48% contra 32%). No levantamento da semana passada, essa distância caiu para seis pontos: a taxa de intenção de voto em Alckmin recuou para 41%, enquanto a preferência por Lula atingiu 35%.
A maior perda de Alckmin ocorreu no interior paulista, onde o tucano caiu de 50% para 41%, enquanto o petista subiu de 27% para 36%. Na região metropolitana, tanto Alckmin quanto Lula tiveram quedas, mas a variação do tucano foi mais acentuada (Alckmin passou de 46% para 42%, e Lula, de 36% para 33%). Na capital, os dois oscilaram para baixo (dois pontos no caso do ex-governador, e um no do presidente).
Na opinião do diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, "a pesquisa do Datafolha captou melhor os reflexos das denúncias em relação a Alckmin que, aparentemente, foram mais acentuados no Estado de São Paulo".
O tucano perdeu sete pontos em seu Estado, contra cinco na região Sudeste (caiu de 32% para 27%) e três no país (passou de 23% para 20%).
Paulino lembra ainda que a pesquisa anterior captava um momento bastante favorável a Alckmin, na qual ele tinha boa exposição na mídia em razão do anúncio de sua candidatura a presidente. De lá para cá, a exposição positiva de Alckmin encolheu, enquanto a negativa se ampliou.
Corrupção e voto
A pesquisa evidencia também que a percepção de corrupção no governo não é um impedimento absoluto para o voto.
Dos eleitores que acreditam na existência de casos de irregularidades na administração federal, 34% pretendem votar em Lula, contra 23% que preferem Alckmin.
Mais: 21% dos eleitores que acreditam que Lula tem muita responsabilidade nas irregularidades afirmam que votarão no presidente em outubro, assim como 40% dos que acham que o presidente tem um pouco de responsabilidade nesses fatos.
Segundo Paulino, "um segmento do eleitorado considera a corrupção aceitável, desde que ela não seja em benefício próprio".
Dobradinha Lula-Serra
O levantamento do Datafolha aponta ainda que uma parcela significativa do eleitorado de Lula pretende votar no ex-prefeito paulistano José Serra (PSDB) para governador do Estado.
Dos adeptos do presidente, 42% planejam votar no tucano para governador, contra 33% que preferem a ex-prefeita Marta Suplicy (PT). Quando Aloizio Mercadante é o candidato do PT, o tucano alcança 45%, contra 25% do petista.
A mesma intersecção aparece, embora em menor grau, no eleitorado de Serra: 56% dos eleitores do ex-prefeito planejam votar em Alckmin para presidente, mas 26% devem votar em Lula.
O diretor-geral do Datafolha observa que esse fenômeno não é novo: "Já vimos essa história antes em São Paulo. Muita gente votava em Lula para presidente e em Maluf para governador. Agora isso vem se repetindo com Serra. Isso prova que o eleitor separa a pessoa do Lula do partido".
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