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18/04/2006
-
12h01
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sinalizou hoje que o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) deve depor somente na Câmara sobre o episódio da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Segundo ele, o Senado ainda não votou o requerimento do PSDB que pedia a convocação de Bastos.
A Câmara havia marcado para hoje o depoimento de Bastos. Mas o ministro disse ontem que deveria depor somente na quinta-feira, já que não havia um entendimento sobre a agenda com o Senado.
"O Senado não votou o requerimento. Mas a Câmara se antecipou. A Câmara marcou antecipadamente sem ouvir o Senado", afirmou Renan.
Se não houver entendimento para a realização de uma sessão conjunta, Renan defende que Bastos não precise ser ouvido pelo Senado. "A gente nunca sabe se vai ser preciso ter repique. Sinceramente, espero que não seja necessário ouvi-lo duas vezes."
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Roberto Busato, disse que espera que Bastos consiga se explicar em seu depoimento ao Congresso. "Espero que consiga ser transparente."
Segundo Busato, Bastos não poderia --como ministro-- assessorar juridicamente o ex-ministro Antonio Palocci. "Ele está incompatibilizado com a advocacia. Nesse aspecto, o assunto se torna mais grave. Seria o exercício irregular da profissão, da qual está impedido de fazê-lo."
Reportagem da "Veja" acusa Bastos de ter se reunido com Palocci no dia 23 de março para intermediar uma reunião entre Palocci e o advogado Arnaldo Malheiros. O objetivo seria articular uma estratégia para encobrir a responsabilidade do ex-ministro no episódio. Bastos nega qualquer estratégia nesse sentido.
O caso
O nome de Bastos foi envolvido no episódio de quebra do sigilo bancário após a confirmação da presença do Secretário de Direito Econômico, Daniel Goldberg, na casa do ex-ministro Antonio Palocci na noite do dia 16 de março.
O ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso disse ter entregue neste dia o extrato bancário para Palocci. No dia seguinte, os dados da movimentação bancária de Francenildo foram publicados pelo blog da revista "Época".
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Renan sinaliza que Bastos deve depor apenas na Câmara
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da Folha Online, em Brasília
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sinalizou hoje que o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) deve depor somente na Câmara sobre o episódio da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Segundo ele, o Senado ainda não votou o requerimento do PSDB que pedia a convocação de Bastos.
A Câmara havia marcado para hoje o depoimento de Bastos. Mas o ministro disse ontem que deveria depor somente na quinta-feira, já que não havia um entendimento sobre a agenda com o Senado.
"O Senado não votou o requerimento. Mas a Câmara se antecipou. A Câmara marcou antecipadamente sem ouvir o Senado", afirmou Renan.
Se não houver entendimento para a realização de uma sessão conjunta, Renan defende que Bastos não precise ser ouvido pelo Senado. "A gente nunca sabe se vai ser preciso ter repique. Sinceramente, espero que não seja necessário ouvi-lo duas vezes."
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Roberto Busato, disse que espera que Bastos consiga se explicar em seu depoimento ao Congresso. "Espero que consiga ser transparente."
Segundo Busato, Bastos não poderia --como ministro-- assessorar juridicamente o ex-ministro Antonio Palocci. "Ele está incompatibilizado com a advocacia. Nesse aspecto, o assunto se torna mais grave. Seria o exercício irregular da profissão, da qual está impedido de fazê-lo."
Reportagem da "Veja" acusa Bastos de ter se reunido com Palocci no dia 23 de março para intermediar uma reunião entre Palocci e o advogado Arnaldo Malheiros. O objetivo seria articular uma estratégia para encobrir a responsabilidade do ex-ministro no episódio. Bastos nega qualquer estratégia nesse sentido.
O caso
O nome de Bastos foi envolvido no episódio de quebra do sigilo bancário após a confirmação da presença do Secretário de Direito Econômico, Daniel Goldberg, na casa do ex-ministro Antonio Palocci na noite do dia 16 de março.
O ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso disse ter entregue neste dia o extrato bancário para Palocci. No dia seguinte, os dados da movimentação bancária de Francenildo foram publicados pelo blog da revista "Época".
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