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01/10/2000
-
20h56
da Folha Online
da Folha de S.Paulo, no Rio
A disputa acirrada pelo direito de ir ao segundo turno das eleições para prefeito do Rio repete o ocorrido nas duas eleições municipais anteriores, em 1992 e 1996.
Com 50,84% das urnas apuradas, o ex-prefeito César Maia (PTB) tem agora 22,87%, contra 22,77% de Benedita da Silva (PT). Luiz Paulo Conde (PFL) continua na frente da disputa, com 34,40% dos votos válidos.
Em 1992, Cesar Maia, então candidato do PMDB, ficou com 84.977 votos a mais que Cidinha Campos, candidata do PDT, e foi para o segundo turno, mas perdeu para Marcello Alencar, do PSDB.
Em 1996, Sergio Cabral, à época no PSDB, conseguiu 88.085 votos a mais do que Chico Alencar, candidato do PT. Foi derrotado pelo atual prefeito do Rio, Luiz Paulo Conde, que saiu na frente nas apurações, no segundo turno.
Conde disse que vai dedicar esta semana às negociações em torno de novas alianças à sua candidatura, que é sustentada por uma coligação entre o PFL, PMDB, PSC e PSD.
Descontraído, ele demonstrava estar longe da tensão que, em 1996, culminou com sua hospitalização na antevéspera do primeiro turno, quando teve uma úlcera gástrica.
Enquanto Conde quer desvincular sua imagem da de FHC, Benedita da Silva, pretende, caso chegue ao segundo turno, tornar mais claro o apoio de Garotinho.
Hoje pela manhã, ela recebeu um telefonema do governador. De acordo com o relato dela, Garotinho foi simpático, mas não declarou o apoio esperado. ''Ele foi extremamente carinhoso, cordial, desejando boa sorte'', afirmou Benedita. ''Disse que, pela manhã, tinha orado muito por mim. Eu disse a ele que tinha certeza de que nós estaríamos juntos no segundo turno.''
Após votar pela manhã, o ex-prefeito e candidato do PTB Cesar Maia trancou-se em sua casa, em São Conrado, com assessores mais próximos, para acompanhar a apuração.
Pela manhã, ele havia se recusado a falar em alianças para o segundo turno. "Só falo disso depois de definida a apuração. Quando alguém se antecipa ao resultado, e fala de alianças em relação a outro partido, vai ter muita dificuldade de fazer aliança com ele", afirmou.
Leonel Brizola, candidato do PDT, acenou com a possibilidade de um eventual apoio a Cesar Maia no segundo turno. Apesar de ter dito que existe a possibilidade de o partido recomendar o voto em branco, não descartou a possibilidade apoiar Cesar Maia, uma vez que ele está sob um "guarda-chuva trabalhista".
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Disputa acirrada entre Benedita e Cesar Maia marca eleição no Rio
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da Folha de S.Paulo, no Rio
A disputa acirrada pelo direito de ir ao segundo turno das eleições para prefeito do Rio repete o ocorrido nas duas eleições municipais anteriores, em 1992 e 1996.
Com 50,84% das urnas apuradas, o ex-prefeito César Maia (PTB) tem agora 22,87%, contra 22,77% de Benedita da Silva (PT). Luiz Paulo Conde (PFL) continua na frente da disputa, com 34,40% dos votos válidos.
Em 1992, Cesar Maia, então candidato do PMDB, ficou com 84.977 votos a mais que Cidinha Campos, candidata do PDT, e foi para o segundo turno, mas perdeu para Marcello Alencar, do PSDB.
Em 1996, Sergio Cabral, à época no PSDB, conseguiu 88.085 votos a mais do que Chico Alencar, candidato do PT. Foi derrotado pelo atual prefeito do Rio, Luiz Paulo Conde, que saiu na frente nas apurações, no segundo turno.
Conde disse que vai dedicar esta semana às negociações em torno de novas alianças à sua candidatura, que é sustentada por uma coligação entre o PFL, PMDB, PSC e PSD.
Descontraído, ele demonstrava estar longe da tensão que, em 1996, culminou com sua hospitalização na antevéspera do primeiro turno, quando teve uma úlcera gástrica.
Enquanto Conde quer desvincular sua imagem da de FHC, Benedita da Silva, pretende, caso chegue ao segundo turno, tornar mais claro o apoio de Garotinho.
Hoje pela manhã, ela recebeu um telefonema do governador. De acordo com o relato dela, Garotinho foi simpático, mas não declarou o apoio esperado. ''Ele foi extremamente carinhoso, cordial, desejando boa sorte'', afirmou Benedita. ''Disse que, pela manhã, tinha orado muito por mim. Eu disse a ele que tinha certeza de que nós estaríamos juntos no segundo turno.''
Após votar pela manhã, o ex-prefeito e candidato do PTB Cesar Maia trancou-se em sua casa, em São Conrado, com assessores mais próximos, para acompanhar a apuração.
Pela manhã, ele havia se recusado a falar em alianças para o segundo turno. "Só falo disso depois de definida a apuração. Quando alguém se antecipa ao resultado, e fala de alianças em relação a outro partido, vai ter muita dificuldade de fazer aliança com ele", afirmou.
Leonel Brizola, candidato do PDT, acenou com a possibilidade de um eventual apoio a Cesar Maia no segundo turno. Apesar de ter dito que existe a possibilidade de o partido recomendar o voto em branco, não descartou a possibilidade apoiar Cesar Maia, uma vez que ele está sob um "guarda-chuva trabalhista".
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