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19/04/2006
-
20h08
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Em protesto contra o voto secreto, 14 deputados revelaram nesta quarta-feira como votaram no processo de cassação do mandato do deputado José Mentor (PT-SP). Numa ação combinada, sete parlamentares do P-SOL, seis do PV e um do PSB saíram da cabine de votação expondo as cédulas, sem colocá-las no envelope. Todos votaram "sim", ou seja, a favor da cassação do mandato do petista.
O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), recomendou hoje que os deputados não expusessem seus votos. Aldo disse que a Constituição determina o sigilo do voto e que o protesto poderia dar margem para Mentor pedir a anulação da sessão.
"Seria uma honra a gente ser processado por quebra de decoro por causa disso. O instituto do voto secreto está moribundo. O nosso ato de pequeníssima desobediência cívica revela que a gente não aguenta mais não exercer a plenitude do nosso mandato", disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). "Quando vier o fim do voto secreto, ele já vai estar sendo usado."
O deputado João Alfredo (PSOL-CE) também minimizou as ameaças. "O que é quebra de decoro? Participar do mensalão ou abrir o voto para prestarmos contas à sociedade?"
O relator do processo que pediu a cassação de Mentor, deputado Nelson Trad (PMDB-MS), não está entre os que abriram o voto hoje, mas aprovou a medida. "O resultado que nós vamos alcançar com protestos como esse é sanear a Câmara desses peixes podres que continuam por aqui."
Trad afirmou que recebeu do presidente da Câmara a informação de que a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que acaba com o voto secreto deverá ser discutida na próxima semana, depois que forem aprovadas as quatro medidas provisórias que trancam a pauta do plenário. A PEC acaba com o voto secreto em todas as situações.
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Deputados abrem voto na cassação de Mentor para protestar contra sigilo
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da Folha Online, em Brasília
Em protesto contra o voto secreto, 14 deputados revelaram nesta quarta-feira como votaram no processo de cassação do mandato do deputado José Mentor (PT-SP). Numa ação combinada, sete parlamentares do P-SOL, seis do PV e um do PSB saíram da cabine de votação expondo as cédulas, sem colocá-las no envelope. Todos votaram "sim", ou seja, a favor da cassação do mandato do petista.
O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), recomendou hoje que os deputados não expusessem seus votos. Aldo disse que a Constituição determina o sigilo do voto e que o protesto poderia dar margem para Mentor pedir a anulação da sessão.
"Seria uma honra a gente ser processado por quebra de decoro por causa disso. O instituto do voto secreto está moribundo. O nosso ato de pequeníssima desobediência cívica revela que a gente não aguenta mais não exercer a plenitude do nosso mandato", disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). "Quando vier o fim do voto secreto, ele já vai estar sendo usado."
O deputado João Alfredo (PSOL-CE) também minimizou as ameaças. "O que é quebra de decoro? Participar do mensalão ou abrir o voto para prestarmos contas à sociedade?"
O relator do processo que pediu a cassação de Mentor, deputado Nelson Trad (PMDB-MS), não está entre os que abriram o voto hoje, mas aprovou a medida. "O resultado que nós vamos alcançar com protestos como esse é sanear a Câmara desses peixes podres que continuam por aqui."
Trad afirmou que recebeu do presidente da Câmara a informação de que a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que acaba com o voto secreto deverá ser discutida na próxima semana, depois que forem aprovadas as quatro medidas provisórias que trancam a pauta do plenário. A PEC acaba com o voto secreto em todas as situações.
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