Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
23/04/2006 - 09h12

Acusações são fruto de uma "exploração política", diz Alckmin

Publicidade

FREDERICO VASCONCELOS
ROGÉRIO PAGNAN
da Folha de S. Paulo

O ex-governador Geraldo Alckmin afirmou, por meio de sua assessoria, que a nomeação da diretoria da Nossa Caixa obedeceu a uma "escolha eminentemente técnica de pessoas com larga experiência na área financeira".

Alckmin e o presidente da Nossa Caixa, Carlos Eduardo Monteiro, consideram um "absurdo" comparar acusações de irregularidades do banco estadual e suspeitas sobre a gestão anterior de dirigentes da Caixa Econômica Federal. "Isso é um completo absurdo. É uma exploração política, pois não existe nenhuma semelhança entre uma coisa e outra", afirma o ex-governador.

"Tudo está esclarecido a partir de providências do banco. Eu acho absurdo esse tipo de interpretação", diz Monteiro.

Alckmin nega ter havido interferência do PSDB nas indicações: "A escolha foi feita pelo então secretário da Fazenda, Eduardo Guardia, por critérios técnicos".

"Nenhum diretor de instituição financeira, estatal ou particular, assume seu cargo sem autorização prévia do BC, e essas normas foram fielmente respeitadas pelo governo estadual", disse. "O governo do Estado tem inteira confiança nas atitudes da direção da Nossa Caixa, a única instituição financeira do Brasil a participar do Novo Mercado da Bovespa, o que exige total transparência e boa governança corporativa."

Monteiro diz que Waldin Rosa de Lima e Elmar Gueiros foram trazidos por Valdery Frota de Albuquerque, ex-presidente do banco. "O Waldin nunca chegou a ocupar cargo nenhum. O Elmar foi contratado por um período para prestar assessoria na área de crédito imobiliário, que ele tem expertise", afirma.

"Eles não eram remunerados pelo banco. Não tenho a menor idéia se eles receberam remuneração. Não sei se [Waldin] estava de quarentena por ter sido presidente do Banco do Estado de Goiás. Ao que eu saiba, não era pago por ninguém", disse Monteiro. Ele diz que "é possível" que Waldin tivesse senha para acesso a dados.

Restrições

Ele nega que tenha havido restrições dos dois assessores pelo BC. "Os nomes deles nunca foram submetidos ao BC. As instituições financeiras só submetem ao BC nomes para os órgãos estatutários, diretoria, conselho de administração e comitê de auditoria."

Luiz Francisco Monteiro de Barros Neto "saiu do banco a pedido". "Eu lamento muito, porque foi um dos melhores diretores que já trabalharam comigo."

O presidente da Nossa Caixa diz que "é mentira" ter havido troca de advogados para dar substituir pareceres em licitações.

Waldin Rosa de Lima não quis comentar o assunto. Diz que não teve acesso à sindicância e não sabe por que seu nome foi citado. Ele não informa como era pago: "Não vou entrar nessa discussão. Não fiz nada errado".

Luiz Francisco Monteiro foi procurado pela Folha, mas não respondeu aos recados deixados em sua secretária eletrônica.

Jorge Amaury Maia Nunes, seu advogado, afirmou que seu cliente nega irregularidades nos contratos com a GTech. "O requerimento [que pedia para Barros Neto ser ouvido na CPI] foi solenemente ignorado", afirmou.
Nunes espera reverter a decisão do ministro-relator do STF no plenário. "Às vezes isso [a inclusão do nome no relatório] gera um dano irreversível."

Consultado por e-mail, Elmar Gueiros não se manifestou. Valdery Frota de Albuquerque não foi localizado. A Nossa Caixa informou não ter os telefones dos ex-dirigentes.

Leia mais
  • Sob Alckmin, Nossa Caixa abrigou suspeitos de fraude

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre Geraldo Alckmin
  • Leia o que já foi publicado sobre eleições de 2006
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página