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24/04/2006 - 12h45

Polícia Civil ouve Palocci na quinta-feira

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FAUSTO SALVADORI FILHO
da Folha Online

O ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda) presta depoimento à Polícia Civil nesta quinta-feira, na Polinter (Polícia Interestadual), em Brasília. Na ocasião, ele deve ser indiciado pelos crimes de peculato (funcionário público que se apropria de dinheiro em função do cargo que ocupa ou de bem público), falsidade ideológica e formação de quadrilha.

A informação foi confirmada pelo advogado José Roberto Batochio, defensor de Palocci, e pelo delegado seccional de Ribeirão Preto, Benedito Antonio Valencise.

Palocci será ouvido, por meio de carta precatória, no inquérito que apura a existência de um suposto esquema de corrupção envolvendo as empresas de varrição contratadas quando Palocci era prefeito de Ribeirão Preto (SP). Batochio diz que seu cliente nega "com veemência" as acusações.

Como Palocci agora mora em Brasília, ele tinha o direito de escolher ser ouvido lá. Por isso, o delegado mandou uma carta precatório à polícia de Brasília, que tomará o depoimento do ex-ministro. Valencise não estará lá, mas o depoimento deve ser acompanhado por promotores públicos de Ribeirão.

A investigação

Palocci não foi ouvido anteriormente nas investigações da Polícia Civil porque tinha privilegiado devido ao status de ministro. Ele perdeu o privilégio ao pedir afastamento do cargo.

Palocci já foi indiciado na Polícia Federal, acusado de ordenar a quebra do sigilo bancário Francenildo Costa, que acusou o ex-ministro de freqüentar uma casa em Brasília usada para encontro de lobistas e festas com garotas de programa.

A Polícia Civil pretende indiciar outros suspeitos de envolvimento no esquema. O número de indiciados no inquérito deve chegar a "oito ou dez", segundo Valencise.

A única indiciada, até o momento, foi a engenheira Luciana Muscelli Alecrim, ex-diretora técnica do Daerp (Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto).

Segundo as investigações, Palocci e os demais suspeitos teriam desviado recursos públicos para repassar à empresa de varrição Leão Leão e ao PT, o que configuraria crime de peculato.

Eles também são suspeitos de falsidade ideológica, por terem supostamente expedido documentos comprovando saídas de dinheiro com serviços de varrição que na verdade nunca ocorreram. Como o mesmo grupo de pessoas participou aliou-se para cometer os crimes ao longo dos anos, estaria configurada a formação de quadrilha.

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