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25/04/2006
-
21h21
da Agência Folha, em Manaus
"Contra mim não pesa abusolutamente nada." Assim definiu hoje sua prisão, durante a Operação Galiléia, o ex-senador Ademir Andrade, presidente regional do PSB, acusado de comandar um suposto esquema de corrupção na Companhia Docas do Pará.
Por telefone celular, da cela em que estava preso na sede da Polícia Federal, em Belém, ele disse à Folha que sua situação era "inexplicável e constrangedora".
"Eles [os agentes federais] entraram na minha casa às 6h da manhã, fizeram buscas, pegaram toda a minha documentação. Convocaram toda a imprensa, cheguei algemado, um negócio incompreensível", afirmou.
Sobre as acusações de fraudes em licitações, corrupção passiva e ativa, e formação de quadrilha, entre outros crimes, Andrade disse que desconhecia esquema na empresa. "Nunca suspeitei absolutamente de nada na empresa."
Com relação à sua vida pública, Andrade, que é pré-candidato ao governo do Pará, afirmou: "A repercussão é péssima, meu nome está cotado ao governo do Estado. É [a prisão] um reflexo monstruoso".
Andrade também negou transferência de recursos da empresa para campanhas políticas, uma espécie de "mensalinho" como investiga a PF. "Por mim não tem problema, o sigilo das minhas contas pode ser quebrado."
O advogado do ex-senador, Humberto Boulhosa --que também defende o atual presidente da Companhia Docas do Pará, Erickson Rodrigues Barbosa, Nelson Pontes Simas, diretor portuário, e Evandilson Freitas de Andrade, engenheiro civil--, afirmou que ingressará com um habeas corpus no TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região, em Brasília, para libertar os acusados da prisão sob o argumento de que todos têm casa e trabalho em Belém, não representando risco de fuga.
O presidente do PT no Pará, deputado federal José Geraldo confirmou que Andrade foi indicado ao cargo pelo partido, em 2003.
"Na composição de governo, o PSB ficou com a CDP (Companhia das Docas do Pará), ele [Andrade] foi o primeiro diretor. E agora, na substituição dele, que vai disputar eleição, o cargo ficou com o PSB", afirmou.
Sobre a investigação da PF, que constatou um suposto esquema de corrupção na empresa, o presidente regional do PT disse que a situação era desconfortável diante da aliança política com o PSB.
"É uma situação desconfortável porque atualmente é uma gestão partidária [na empresa Docas] feita pelo PSB e PT. Esse modelo de gestão é um modelo que vem sendo fiscalizado, independentemente de quem esteja na gestão."
Especial
Leia o que já foi publicado sobre operações da Polícia Federal
Ex-senador diz que prisão feita pela PF foi "inexplicável e constrangedora"
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"Contra mim não pesa abusolutamente nada." Assim definiu hoje sua prisão, durante a Operação Galiléia, o ex-senador Ademir Andrade, presidente regional do PSB, acusado de comandar um suposto esquema de corrupção na Companhia Docas do Pará.
Por telefone celular, da cela em que estava preso na sede da Polícia Federal, em Belém, ele disse à Folha que sua situação era "inexplicável e constrangedora".
"Eles [os agentes federais] entraram na minha casa às 6h da manhã, fizeram buscas, pegaram toda a minha documentação. Convocaram toda a imprensa, cheguei algemado, um negócio incompreensível", afirmou.
Sobre as acusações de fraudes em licitações, corrupção passiva e ativa, e formação de quadrilha, entre outros crimes, Andrade disse que desconhecia esquema na empresa. "Nunca suspeitei absolutamente de nada na empresa."
Com relação à sua vida pública, Andrade, que é pré-candidato ao governo do Pará, afirmou: "A repercussão é péssima, meu nome está cotado ao governo do Estado. É [a prisão] um reflexo monstruoso".
Andrade também negou transferência de recursos da empresa para campanhas políticas, uma espécie de "mensalinho" como investiga a PF. "Por mim não tem problema, o sigilo das minhas contas pode ser quebrado."
O advogado do ex-senador, Humberto Boulhosa --que também defende o atual presidente da Companhia Docas do Pará, Erickson Rodrigues Barbosa, Nelson Pontes Simas, diretor portuário, e Evandilson Freitas de Andrade, engenheiro civil--, afirmou que ingressará com um habeas corpus no TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região, em Brasília, para libertar os acusados da prisão sob o argumento de que todos têm casa e trabalho em Belém, não representando risco de fuga.
O presidente do PT no Pará, deputado federal José Geraldo confirmou que Andrade foi indicado ao cargo pelo partido, em 2003.
"Na composição de governo, o PSB ficou com a CDP (Companhia das Docas do Pará), ele [Andrade] foi o primeiro diretor. E agora, na substituição dele, que vai disputar eleição, o cargo ficou com o PSB", afirmou.
Sobre a investigação da PF, que constatou um suposto esquema de corrupção na empresa, o presidente regional do PT disse que a situação era desconfortável diante da aliança política com o PSB.
"É uma situação desconfortável porque atualmente é uma gestão partidária [na empresa Docas] feita pelo PSB e PT. Esse modelo de gestão é um modelo que vem sendo fiscalizado, independentemente de quem esteja na gestão."
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