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26/04/2006 - 12h53

Parlamentares criticam Aldo por adiar votação de processo contra Josias

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

A decisão do presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), de não incluir na pauta desta quarta-feira a cassação de mandato do deputado Josias Gomes (PT-BA) provocou críticas de parlamentares ligados ao Conselho de Ética.

Josias Gomes abriu mão do prazo regimental, que permitiria que a votação do seu processo ocorresse ainda hoje. Aldo justificou, no entanto, que a prioridade é a votação da minirreforma tributária. O deputado admitiu ter recebido R$ 100 mil das contas de Marcos Valério Souza no Banco Rural, mas negou que o dinheiro tenha sido usado para caixa dois. Segundo ele, o dinheiro foi usado no pagamento de despesas do PT na Bahia.

Para o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), o adiamento da votação --que ficou para a próxima quarta-feira-- demonstra que as cassações deixaram de ser prioridade na Câmara.

"A protelação agora é da Mesa Diretora e eu estranho isso. Nós já demoramos demais, quanto antes examinarmos os processos melhor. Essa deve ser a nossa prioridade para depois podermos legislar", afirmou.

O deputado considerou arriscado a iniciativa do presidente da Câmara de priorizar a votação da minirreforma tributária. "O pior dos mundos será postergarmos a votação do Josias Gomes e não conseguirmos avançar na pauta hoje, que é o que pode acontecer."

O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), também disse que "estranhou' o adiamento da votação. Ele recebeu a informação do presidente da Câmara de que o processo entrará na pauta somente na próxima quarta-feira.

Na semana subsequente deverá ser votado no plenário o caso do deputado Vadão Gomes (PP-SP), que será analisado hoje pelo Conselho de Ética.

"Temos pressa em encerrar as votações dos processos de cassação. Precisamos votar tudo até meados de maio, não queremos entrar em junho, quando o quórum fica mais baixo por causa das eleições", afirmou.

Denúncia

Os seis deputados que renunciaram ao Conselho de Ética em protesto às absolvições de parlamentares que receberam dinheiro do "valerioduto" irão nesta quinta-feira à Procuradoria da República para entregar os relatórios que elaboraram e foram rejeitados pelo plenário da Câmara.

A intenção é que o procurador-geral, Antonio Fernando de Souza, inclua no próximo relatório sobre o "mensalão" nomes que não foram citados entre os 40 denunciados na primeira versão, entregue ao STF (Supremo Tribunal Federal). Entre os nomes que serão levados à Procuradoria estão os dos deputados José Mentor (PT-SP) e Wanderval Santos (PL-SP).

"Queremos mais listas", afirmou Alencar (PSOL-RJ), que organiza a visita. "Vamos levar subsídios para as investigações do mensalão que prosseguem na Justiça Federal. Nosso material não se perderá, não irá para o arquivo morto", justificou.

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