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26/04/2006 - 19h26

Severino diz que volta em 2007 e vai defender gastos com combustíveis

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

O ex-presidente da Câmara deputado Severino Cavalcanti (PP-PE) voltou a circular nesta quarta-feira no Congresso. Tratado como celebridade nos corredores da Casa, Severino disse que voltará à Câmara na próxima legislatura respaldado por "100 mil votos".

Severino sinalizou que não abandonou o seu jeito polêmico de atuar e prometeu, que se eleito, vai defender liberdade para os parlamentares gastarem com combustíveis.

Hoje, a Mesa Diretora da Casa limitou o gasto da verba indenizatória de R$ 15 mil com combustível a 30%. Ou seja, cada deputado poderá gastar R$ 4.500 por mês da verba com combustível. Antes, ele podia gastar 100% da verba para encher o tanque do veículo.

"Não tenho receio de dizer o que penso", disse Severino, que foi eleito presidente da Câmara em cima de uma plataforma que defendia elevação de benefícios e salários para deputados.

"A Mesa não quer que o deputado trabalhe. É uma injustiça. O deputado precisa de combustível. Se voltar para a Câmara vou defender que volte a ser como era antes, que os deputados possam gastar R$ 15 mil com combustível", disse o ex-deputado.

A verba indenizatória foi criada por sugestão de Severino em 2001, quando ele era primeiro-secretário da Câmara. Na época, a Casa era comandada pelo hoje governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), que fez um acordo para que Severino renunciasse à candidatura à Presidência da Câmara. O que alinhavou o trato foi o compromisso de Aécio de acatar a proposta do ex-deputado de criar a verba de gabinete.

O ex-deputado também comentou sobre as absolvições dos parlamentares beneficiados pelo "valerioduto". Para Severino, é uma injustiça cassar uns e livrar outros da punição pelo mesmo crime. Ele disse acreditar que daqui para frente ninguém mais será punido. "Não existe mais pizza, as pessoas já estão fazendo a digestão e sem tomar Sonrisal", ironizou.

Severino renunciou ao mandato em setembro de 2005 para escapar de um processo de cassação pelo escândalo do mensalinho. O ex-deputado foi acusado de receber dinheiro do dono de um restaurante na Câmara para prorrogar a concessão de funcionamento.

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