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27/04/2006
-
10h24
ROGÉRIO PAGNAN
da Folha de S.Paulo
O ex-gerente de Marketing da Nossa Caixa Jaime de Castro Júnior disse em depoimento à Comissão de Finanças e Orçamento da Assembléia Legislativa de São Paulo que teve acesso a documentos que provam a quebra de sigilo bancário de funcionários e de familiares dele pelo banco, sem autorização judicial.
Inicialmente nervoso, Castro Júnior, demitido pela Nossa Caixa por suspeita de irregularidades em contratos de publicidade, disse que as movimentações financeiras constavam de relatório da auditoria feita pelo banco em duas sindicâncias internas.
"No próprio relatório da auditoria citam isso. Procedimentos verificaram a movimentação financeira, dados cadastrais, das pessoas a, b e c."
Essas pessoas, segundo ele, seriam sua ex-secretária, o filho, a filha e a sobrinha dela, além da própria namorada de Castro.
"Desconfiavam que ela tinha conta conjunta comigo. Dizem que fizeram isso para exaurir toda e qualquer dúvida de favorecimento", afirmou.
A Nossa Caixa nega ter havido quebra de sigilo.
O deputado Romeu Tuma Júnior (PMDB) pediu que a presidência da comissão solicite à Nossa Caixa uma cópia reservada dessas sindicâncias.
"Em Brasília, a quebra de um sigilo derrubou um ministro. Aqui, não derruba nem um presidente de um banco", disse Tuma.
O peemedebista disse que há elementos suficientes para abrir uma CPI sobre o assunto.
O líder do PFL na Assembléia, Edmir Chedid, disse considerar grave a afirmação de Castro e que ela pode influenciá-lo na discussão sobre a abertura da CPI da Nossa Caixa.
"Eu considero como quebra de sigilo. Se isso ocorreu é um grande início [para a aprovação da CPI]."
O deputado Renato Simões (PT) disse que há muitos elementos que sustentam uma investigação por uma CPI e considerou gravíssima a informação da suposta violação de sigilo.
"Não podemos ter uma indignação seletiva. Achar errado a quebra de sigilo do caseiro, e admitir isso."
O líder do PSDB, Ricardo Trípoli, disse que há necessidade de observar a legislação para saber se esse procedimento, se ocorreu, é de fato ilegal.
"Não sei a legislação e as condutas previstas pelo Banco Central. A questão é ele trazer provas."
O líder do governo, Edson Aparecido, afirmou que essa explicação pode ser solicitada à Nossa Caixa pelo presidente da Assembléia, e que não há necessidade de uma CPI para isso.
"Uma coisa grave como essa ele tem que provar. Porque ele disse uma coisa na sindicância e disse outra coisa no Ministério Público e outra coisa aqui."
Em linhas gerais, Castro confirmou à comissão seu depoimento ao Ministério Público em que transfere a responsabilidade pela irregularidades ao ex-presidente da Nossa Caixa Valdery Frota de Albuquerque e ao atual, Carlos Eduardo Monteiro.
Ele confirmou que os ex-assessores Waldin Rosa de Lima e Elmar Gueiros trabalharam no banco sem registro formal.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Nossa Caixa
Banco violou sigilos, diz ex-gerente
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da Folha de S.Paulo
O ex-gerente de Marketing da Nossa Caixa Jaime de Castro Júnior disse em depoimento à Comissão de Finanças e Orçamento da Assembléia Legislativa de São Paulo que teve acesso a documentos que provam a quebra de sigilo bancário de funcionários e de familiares dele pelo banco, sem autorização judicial.
Inicialmente nervoso, Castro Júnior, demitido pela Nossa Caixa por suspeita de irregularidades em contratos de publicidade, disse que as movimentações financeiras constavam de relatório da auditoria feita pelo banco em duas sindicâncias internas.
"No próprio relatório da auditoria citam isso. Procedimentos verificaram a movimentação financeira, dados cadastrais, das pessoas a, b e c."
Essas pessoas, segundo ele, seriam sua ex-secretária, o filho, a filha e a sobrinha dela, além da própria namorada de Castro.
"Desconfiavam que ela tinha conta conjunta comigo. Dizem que fizeram isso para exaurir toda e qualquer dúvida de favorecimento", afirmou.
A Nossa Caixa nega ter havido quebra de sigilo.
O deputado Romeu Tuma Júnior (PMDB) pediu que a presidência da comissão solicite à Nossa Caixa uma cópia reservada dessas sindicâncias.
"Em Brasília, a quebra de um sigilo derrubou um ministro. Aqui, não derruba nem um presidente de um banco", disse Tuma.
O peemedebista disse que há elementos suficientes para abrir uma CPI sobre o assunto.
O líder do PFL na Assembléia, Edmir Chedid, disse considerar grave a afirmação de Castro e que ela pode influenciá-lo na discussão sobre a abertura da CPI da Nossa Caixa.
"Eu considero como quebra de sigilo. Se isso ocorreu é um grande início [para a aprovação da CPI]."
O deputado Renato Simões (PT) disse que há muitos elementos que sustentam uma investigação por uma CPI e considerou gravíssima a informação da suposta violação de sigilo.
"Não podemos ter uma indignação seletiva. Achar errado a quebra de sigilo do caseiro, e admitir isso."
O líder do PSDB, Ricardo Trípoli, disse que há necessidade de observar a legislação para saber se esse procedimento, se ocorreu, é de fato ilegal.
"Não sei a legislação e as condutas previstas pelo Banco Central. A questão é ele trazer provas."
O líder do governo, Edson Aparecido, afirmou que essa explicação pode ser solicitada à Nossa Caixa pelo presidente da Assembléia, e que não há necessidade de uma CPI para isso.
"Uma coisa grave como essa ele tem que provar. Porque ele disse uma coisa na sindicância e disse outra coisa no Ministério Público e outra coisa aqui."
Em linhas gerais, Castro confirmou à comissão seu depoimento ao Ministério Público em que transfere a responsabilidade pela irregularidades ao ex-presidente da Nossa Caixa Valdery Frota de Albuquerque e ao atual, Carlos Eduardo Monteiro.
Ele confirmou que os ex-assessores Waldin Rosa de Lima e Elmar Gueiros trabalharam no banco sem registro formal.
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