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27/04/2006
-
14h07
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O Ministério Público Federal deverá apresentar no início da próxima semana um novo relatório sobre o escândalo do "mensalão". A informação foi dada nesta quinta-feira pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, a um grupo de dez parlamentares que estiveram com ele para entregar os relatórios que elaboraram e foram rejeitados pelo plenário da Câmara.
A intenção é que o procurador-geral inclua no próximo relatório sobre o "mensalão" nomes que não foram citados entre os 40 denunciados na primeira versão, entregue ao STF (Supremo Tribunal Federal). Entre eles estão os deputados José Mentor (PT-SP), Wanderval Santos (PL-SP) e Josias Gomes (PT-BA). Os dois primeiros foram absolvidos pela Câmara, o último será julgado na próxima quarta-feira.
"O procurador nos informou que os nomes não foram incluídos no primeiro relatório, como o do deputado José Mentor, porque as investigações ainda não tinham sido concluídas, mas agora será apresentado um novo relatório com a continuidade das investigações", afirmou o deputado João Batista Babá (PSOL-RJ).
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) disse que o procurador garantiu que irá acolher "todas as denúncias substantivas" sobre o escândalo do "mensalão", o que gera uma expectativa de que o material produzido pelo Conselho de Ética será aproveitado. "Todas as informações que nós agregarmos serão muito importantes como subsídio para o Ministério Público. Por enquanto saiu um relatório parcial, mas o Ministério Público vai acolher todas as denúncias substantivas que forem apresentadas", observou.
A informação de que um novo relatório deverá ser divulgado na próxima semana foi comemorada pelos deputados. Para Alberto Fraga (PFL-DF), o novo texto poderá contribuir para a cassação do mandato do deputado Josias Gomes (PT-BA) no plenário da Câmara. "A preocupação nossa é que não aconteça com o Josias o que aconteceu com o Mentor, que justificou na sua defesa o fato de não ter seu nome incluído na peça da denúncia do Ministério Público", avaliou.
Mal-estar
A visita dos deputados à procuradoria revelou que ainda não foi superada pelo presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), a renúncia dos integrantes do órgão. Izar se antecipou ao grupo e foi ontem à noite à procuradoria para entregar os relatórios do Conselho de Ética.
"O que aconteceu foi falta de conexão. O presidente do Conselho estava convidado para a audiência de hoje, agendada há muito tempo. Se membros do Conselho trouxeram esses relatórios ontem à noite ótimo, o que abunda não prejudica", minimizou Chico Alencar.
Especial
Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Ministério Público apresenta na próxima semana novo relatório sobre "mensalão"
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da Folha Online, em Brasília
O Ministério Público Federal deverá apresentar no início da próxima semana um novo relatório sobre o escândalo do "mensalão". A informação foi dada nesta quinta-feira pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, a um grupo de dez parlamentares que estiveram com ele para entregar os relatórios que elaboraram e foram rejeitados pelo plenário da Câmara.
A intenção é que o procurador-geral inclua no próximo relatório sobre o "mensalão" nomes que não foram citados entre os 40 denunciados na primeira versão, entregue ao STF (Supremo Tribunal Federal). Entre eles estão os deputados José Mentor (PT-SP), Wanderval Santos (PL-SP) e Josias Gomes (PT-BA). Os dois primeiros foram absolvidos pela Câmara, o último será julgado na próxima quarta-feira.
"O procurador nos informou que os nomes não foram incluídos no primeiro relatório, como o do deputado José Mentor, porque as investigações ainda não tinham sido concluídas, mas agora será apresentado um novo relatório com a continuidade das investigações", afirmou o deputado João Batista Babá (PSOL-RJ).
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) disse que o procurador garantiu que irá acolher "todas as denúncias substantivas" sobre o escândalo do "mensalão", o que gera uma expectativa de que o material produzido pelo Conselho de Ética será aproveitado. "Todas as informações que nós agregarmos serão muito importantes como subsídio para o Ministério Público. Por enquanto saiu um relatório parcial, mas o Ministério Público vai acolher todas as denúncias substantivas que forem apresentadas", observou.
A informação de que um novo relatório deverá ser divulgado na próxima semana foi comemorada pelos deputados. Para Alberto Fraga (PFL-DF), o novo texto poderá contribuir para a cassação do mandato do deputado Josias Gomes (PT-BA) no plenário da Câmara. "A preocupação nossa é que não aconteça com o Josias o que aconteceu com o Mentor, que justificou na sua defesa o fato de não ter seu nome incluído na peça da denúncia do Ministério Público", avaliou.
Mal-estar
A visita dos deputados à procuradoria revelou que ainda não foi superada pelo presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), a renúncia dos integrantes do órgão. Izar se antecipou ao grupo e foi ontem à noite à procuradoria para entregar os relatórios do Conselho de Ética.
"O que aconteceu foi falta de conexão. O presidente do Conselho estava convidado para a audiência de hoje, agendada há muito tempo. Se membros do Conselho trouxeram esses relatórios ontem à noite ótimo, o que abunda não prejudica", minimizou Chico Alencar.
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