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28/04/2006 - 08h22

Família de Dorothy Stang pede para tribunal acelerar julgamentos

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KÁTIA BRASIL
da Agência Folha, em Manaus

Após a condenação do terceiro homem envolvido no assassinato de Dorothy Stang --o intermediário Amair Feijoli da Cunha (o Tato) pegou 18 anos anteontem--, a família da missionária pediu que o Tribunal de Justiça do Pará acelere os julgamentos dos dois fazendeiros acusados como mandantes do crime.

À Folha, David Stang, 69, disse que sua família está apreensiva com a possibilidade de os acusados serem beneficiados com pedidos de habeas corpus e sejam soltos antes do julgamento.

Dois recursos tramitam no STF (Supremo Tribunal Federal) para Regivaldo Pereira Galvão (o Taradão) e Vitalmiro Bastos de Moura (o Bida), que estão presos.

"Estamos preocupados com esses recursos [habeas corpus] porque a tendência é soltá-los. Eles estão há mais de um ano presos. Isso [a liberdade], se acontecer, se faz para quem tem dinheiro. Um pobre apodrece na prisão", disse David Stang, que assistiu ao julgamento de Tato com as irmãs Mary Heil, 77 e Marguerite Holm Stang, 73, e sua filha Susan Holm, 46.

Ontem, a família da freira disse que só regressa aos EUA após o Tribunal de Justiça do Pará julgar um embargo que pode livrar Taradão do julgamento.

No dia 17, desembargadores das Câmaras Criminais Reunidas decidiram (por sete votos contra dois) que o acusado iria ao banco dos réus, mas um magistrado pediu vistas e o recurso volta hoje para apreciação da Corte.

A defesa do fazendeiro aponta fragilidade nos indícios de participação no crime porque Tato, a única testemunha que acusa Taradão de se consorciar com Bida para pagar os R$ 50 mil pela morte da missionária, negou, em um dos três depoimentos na fase processual, o envolvimento do fazendeiro no crime.

A missionária Dorothy Stang foi assassinada aos 73 anos com seis tiros dentro do PDS (Projeto de Desenvolvimento Sustentável) Esperança, na zona rural de Anapu (PA). Os pistoleiros Rayfran das Neves Sales (Fogoió) e Clodoaldo Carlos Batista (Eduardo), foram condenados, a 27 e 17 anos de prisão, respectivamente.

Especial
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