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28/04/2006
-
17h54
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ser aclamado como candidato à reeleição na abertura do 13º Encontro Nacional do PT, que começa hoje em São Paulo. Para os participantes do encontro, não há dúvida de que Lula será o candidato do PT à reeleição.
"Nenhum de nós pensa nessa possibilidade [de Lula não sair candidato]", disse o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro.
Ele disse, entretanto, que o presidente ainda não decidiu se vai sair candidato. "O presidente realmente ainda não se decidiu [sobre a candidatura]. Ele tem que governar, cumprir o seu mandato."
Para Tarso, Lula tem que adiar ao máximo a oficialização de sua candidatura. "Nosso candidato, que todos nós queremos que seja candidato, tem que respeitar sua condição de magistrado político do país, e tem, se for candidato, que dilatar ao máximo esta decisão, para que uma decisão política não prejudique suas relações institucionais, poderes, parlamento e projetos que estão tramitando."
No entanto, Tarso disse dificilmente Lula deixará de atender o "chamado" do PT para que ele saia candidato.
Para o ministro Luiz Dulci Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência), é natural que a oposição cobre de Lula uma definição sobre sua eventual candidatura. "É razoável que a oposição tenda a antecipar a campanha artificialmente. A campanha no brasil é a mais longa no mundo."
Ele cutucou o PSDB, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele lembrou que FHC só assumiu sua candidatura à reeleição uma semana antes da convenção do PSDB de 1998.
Dulci negou que Lula esteja antecipando sua campanha eleitoral. "Não, não está [fazendo campanha]. O presidente está governando o país."
Lula outra vez
Hoje de manhã, Lula participou de uma série de eventos em São Paulo e em São Bernardo (ABC paulista) que tiveram clima de campanha eleitoral. Em São Bernardo, Lula foi recebido ao som de "1,2,3. Lula outra vez!"
Mesmo assim, o presidente insistiu em afirmar que tem de governar o país até 31 de dezembro. E que caso saia candidato, deverá oficializar sua decisão no prazo-limite, que é 30 de junho. Lula também aproveitou para admitir a possibilidade do PT fazer alianças com o PMDB, PSB, PC do B, PL, PC e disse que o partido não pode ficar esperando pela sua decisão.
"O PT não pode ficar esperando eu me decidir, o PT tem que trabalhar, tem que costurar as alianças, tem que conversar com os outros partidos políticos. Enquanto o PT faz as articulações políticas, eu vou continuar fazendo o que eu estou fazendo: trabalhando", disse Lula.
E mesmo afirmando que ainda não decidiu se vai sair candidato à reeleição, Lula disse que uma eventual campanha não será prejudicada pela saída dos coordenadores de 2002, como os ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci. "Esse não é o problema porque teve muita gente que coordenou as minhas campanhas. Quem vai coordenar a campanha, se eu decidir ser candidato, é o presidente do partido", disse ele se referindo ao deputado Ricardo Berzoini (SP).
Tom da campanha
Tarso disse que a campanha do PT deverá ter como foco a comparação entre a gestão petista e a tucana. "Não vai ser só uma campanha sobre ética pública. Vai ser uma campanha sobre o futuro do país. Nós queremos fazer uma comparação milimétrica em todos os aspectos com o governo FHC."
Em São Bernardo, o próprio Lula indicou que a comparação será a tônica da campanha. "O que eu sei é que nós vamos fazer uma comparação entre o que nós investimos em política social e o que eles [tucanas] investem, o que nós investimos em benefícios para a parte mais pobre da população e o que eles investiram ao longo de todo o tempo em que estavam no governo federal e nos governos estaduais."
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PT quer aclamar Lula, mas presidente diz que decisão não sai agora
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ser aclamado como candidato à reeleição na abertura do 13º Encontro Nacional do PT, que começa hoje em São Paulo. Para os participantes do encontro, não há dúvida de que Lula será o candidato do PT à reeleição.
"Nenhum de nós pensa nessa possibilidade [de Lula não sair candidato]", disse o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro.
Ele disse, entretanto, que o presidente ainda não decidiu se vai sair candidato. "O presidente realmente ainda não se decidiu [sobre a candidatura]. Ele tem que governar, cumprir o seu mandato."
Para Tarso, Lula tem que adiar ao máximo a oficialização de sua candidatura. "Nosso candidato, que todos nós queremos que seja candidato, tem que respeitar sua condição de magistrado político do país, e tem, se for candidato, que dilatar ao máximo esta decisão, para que uma decisão política não prejudique suas relações institucionais, poderes, parlamento e projetos que estão tramitando."
No entanto, Tarso disse dificilmente Lula deixará de atender o "chamado" do PT para que ele saia candidato.
Para o ministro Luiz Dulci Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência), é natural que a oposição cobre de Lula uma definição sobre sua eventual candidatura. "É razoável que a oposição tenda a antecipar a campanha artificialmente. A campanha no brasil é a mais longa no mundo."
Ele cutucou o PSDB, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele lembrou que FHC só assumiu sua candidatura à reeleição uma semana antes da convenção do PSDB de 1998.
Dulci negou que Lula esteja antecipando sua campanha eleitoral. "Não, não está [fazendo campanha]. O presidente está governando o país."
Lula outra vez
Hoje de manhã, Lula participou de uma série de eventos em São Paulo e em São Bernardo (ABC paulista) que tiveram clima de campanha eleitoral. Em São Bernardo, Lula foi recebido ao som de "1,2,3. Lula outra vez!"
Mesmo assim, o presidente insistiu em afirmar que tem de governar o país até 31 de dezembro. E que caso saia candidato, deverá oficializar sua decisão no prazo-limite, que é 30 de junho. Lula também aproveitou para admitir a possibilidade do PT fazer alianças com o PMDB, PSB, PC do B, PL, PC e disse que o partido não pode ficar esperando pela sua decisão.
"O PT não pode ficar esperando eu me decidir, o PT tem que trabalhar, tem que costurar as alianças, tem que conversar com os outros partidos políticos. Enquanto o PT faz as articulações políticas, eu vou continuar fazendo o que eu estou fazendo: trabalhando", disse Lula.
E mesmo afirmando que ainda não decidiu se vai sair candidato à reeleição, Lula disse que uma eventual campanha não será prejudicada pela saída dos coordenadores de 2002, como os ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci. "Esse não é o problema porque teve muita gente que coordenou as minhas campanhas. Quem vai coordenar a campanha, se eu decidir ser candidato, é o presidente do partido", disse ele se referindo ao deputado Ricardo Berzoini (SP).
Tom da campanha
Tarso disse que a campanha do PT deverá ter como foco a comparação entre a gestão petista e a tucana. "Não vai ser só uma campanha sobre ética pública. Vai ser uma campanha sobre o futuro do país. Nós queremos fazer uma comparação milimétrica em todos os aspectos com o governo FHC."
Em São Bernardo, o próprio Lula indicou que a comparação será a tônica da campanha. "O que eu sei é que nós vamos fazer uma comparação entre o que nós investimos em política social e o que eles [tucanas] investem, o que nós investimos em benefícios para a parte mais pobre da população e o que eles investiram ao longo de todo o tempo em que estavam no governo federal e nos governos estaduais."
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