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29/04/2006
-
10h57
SILVIO NAVARRO
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Um mês depois de deixar o Ministério da Fazenda por envolvimento no escândalo da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, Antonio Palocci alugou uma casa em um luxuoso condomínio no Lago Sul, em Brasília, às margens de uma reserva florestal. O aluguel de uma casa no local varia entre R$ 10 mil e R$ 12 mil.
O condomínio é formado por apenas cinco casas. A única à venda custa R$ 1,4 milhão. Em uma delas, logo na entrada, funciona a Embaixada do Gabão.
Em outra, morava até pouco tempo Zilmar Fernandes da Silveira, sócia do publicitário Duda Mendonça. O ex-ministro Romero Jucá (Previdência) morou no local em 2003.
O anúncio distribuído pela imobiliária que apresenta a única casa à venda no condomínio diz que ela tem "elevado padrão e fantástica área verde". A referência à área verde deve-se à proximidade do Jardim Botânico de Brasília. O condomínio possui ampla área de lazer, com quadras de tênis e vôlei de praia.
A área das casas varia entre 500 e 600 m2, com quatro suítes, escritório, seis banheiros, churrasqueira, piscina e vaga para três ou quatro carros.
O condomínio possui forte esquema de segurança. Em 2003, assaltantes roubaram duas casas no local. Na portaria, os funcionários negam que o ex-ministro seja um novo morador.
O advogado José Roberto Batochio, que defende o ex-ministro, confirmou que Palocci alugou uma casa no local. Ele não deu mais detalhes.
Carro
Depois de sair de sua nova casa, anteontem, Palocci usou um carro da Polícia Civil para chegar até a sede da corregedoria, onde prestou depoimento. O trajeto foi feito em alta velocidade, em um XTerra, da montadora Nissan, usado pela polícia para operações especiais.
Segundo a polícia, levá-lo no carro foi um pedido de Batochio, por questões de segurança.
Questionada sobre o procedimento, a assessoria da polícia disse "não se tratar de privilégio, mas de precaução".
Batochio confirmou que o ex-ministro andou no carro, mas disse que só fez o pedido porque tanto ele quanto o motorista desconheciam o caminho para chegar até a corregedoria.
Como mora na capital federal, Palocci foi ouvido pelos delegados de Brasília Amarildo Fernandes e Admar Brandão e o promotor de Justiça de Ribeirão Preto Daniel de Angelis.
O ex-ministro foi indiciado por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, peculato e falsidade ideológica. Os quatro crimes estão vinculados a fraudes no contrato de limpeza pública durante sua gestão em Ribeirão e pelo esquema de propina com a empresa Leão Leão.
Especial
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Palocci se muda para casa no Lago Sul
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
Um mês depois de deixar o Ministério da Fazenda por envolvimento no escândalo da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, Antonio Palocci alugou uma casa em um luxuoso condomínio no Lago Sul, em Brasília, às margens de uma reserva florestal. O aluguel de uma casa no local varia entre R$ 10 mil e R$ 12 mil.
O condomínio é formado por apenas cinco casas. A única à venda custa R$ 1,4 milhão. Em uma delas, logo na entrada, funciona a Embaixada do Gabão.
Em outra, morava até pouco tempo Zilmar Fernandes da Silveira, sócia do publicitário Duda Mendonça. O ex-ministro Romero Jucá (Previdência) morou no local em 2003.
O anúncio distribuído pela imobiliária que apresenta a única casa à venda no condomínio diz que ela tem "elevado padrão e fantástica área verde". A referência à área verde deve-se à proximidade do Jardim Botânico de Brasília. O condomínio possui ampla área de lazer, com quadras de tênis e vôlei de praia.
A área das casas varia entre 500 e 600 m2, com quatro suítes, escritório, seis banheiros, churrasqueira, piscina e vaga para três ou quatro carros.
O condomínio possui forte esquema de segurança. Em 2003, assaltantes roubaram duas casas no local. Na portaria, os funcionários negam que o ex-ministro seja um novo morador.
O advogado José Roberto Batochio, que defende o ex-ministro, confirmou que Palocci alugou uma casa no local. Ele não deu mais detalhes.
Carro
Depois de sair de sua nova casa, anteontem, Palocci usou um carro da Polícia Civil para chegar até a sede da corregedoria, onde prestou depoimento. O trajeto foi feito em alta velocidade, em um XTerra, da montadora Nissan, usado pela polícia para operações especiais.
Segundo a polícia, levá-lo no carro foi um pedido de Batochio, por questões de segurança.
Questionada sobre o procedimento, a assessoria da polícia disse "não se tratar de privilégio, mas de precaução".
Batochio confirmou que o ex-ministro andou no carro, mas disse que só fez o pedido porque tanto ele quanto o motorista desconheciam o caminho para chegar até a corregedoria.
Como mora na capital federal, Palocci foi ouvido pelos delegados de Brasília Amarildo Fernandes e Admar Brandão e o promotor de Justiça de Ribeirão Preto Daniel de Angelis.
O ex-ministro foi indiciado por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, peculato e falsidade ideológica. Os quatro crimes estão vinculados a fraudes no contrato de limpeza pública durante sua gestão em Ribeirão e pelo esquema de propina com a empresa Leão Leão.
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