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30/04/2006
-
11h45
TATHIANA BARBAR
da Folha Online
Escaldado pela crise deflagrada pelo escândalo do "mensalão", o PT decidiu alterar a estratégia da campanha eleitoral deste ano. Entre as principais alterações está a separação das contas do partido das finanças da campanha eleitoral. Com isso, o partido quer coibir o caixa dois de campanha eleitoral e outras práticas suspeitas, como a utilização do "valerioduto".
"Temos a avaliação que as finanças de campanha têm de ser separadas das contas do partido e vice-versa. Temos de tratar essa campanha como algo suprapartidário e que fique limitada ao tempo da própria campanha", disse o presidente do PT, Ricardo Berzoini.
Ele foi escolhido ontem coordenador-geral da campanha eleitoral do PT à Presidência deste ano. Nesse primeiro momento, Berzoini deve focar sua atuação no fechamento de alianças, já que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não admitiu ainda que é candidato à reeleição.
Berzoini disse que o PT ainda não escolheu o nome do tesoureiro da campanha. "Ainda não tem nenhum nome previsto. Pode ser [alguém] de fora ou de dentro do partido também. Não há restrição. Apenas devemos separar as finanças do PT das finanças de campanha."
Ele indicou, entretanto, que o tesoureiro do partido não deverá ser o mesmo da campanha. "O tesoureiro do PT tem se comportado bem, corretamente, ajudando o partido a se recuperar", disse Berzoini se referindo ao secretário de finanças do partido, Paulo Ferreira. "Temos a avaliação que as finanças de campanha têm de ser separadas do partido."
Na campanha eleitoral de 2002, o tesoureiro do partido foi o mesmo que cuidou das contas da campanha: Delúbio Soares, que acabou deixando o PT após o escândalo do "mensalão".
Segundo o presidente do PT, a punição aos petistas envolvidos com o escândalo do "mensalão" e "valerioduto" ainda está em discussão. "Hoje, vamos avaliar a crise como um todo e não especificamente o caso dos mensaleiros. Hoje vamos tratar de construção partidária e como melhor a organização interna do partido."
Campanha
O partido, segundo Berzoini, já escolheu Lula como candidato. "O nome que nós queremos e desejamos é o do presidente Lula. Mas nós aceitamos e aprovamos a postura do presidente, que está priorizando a sua ação de governante, e usando o prazo que a lei permite para tomar a decisão de ser candidato ou não."
Como coordenador, Berzoini disse que buscará alianças com todos os partidos, exceto o PSDB e o PFL. "Nós estamos trabalhando com todos os partidos. Todos são importantes. Devemos buscar entendimento mais do que para a eleição, mas para a governabilidade futura, para um compromisso programático."
Segundo ele, o objetivo da coordenação de campanha será buscar a unidade partidária. "Vamos ter uma coordenação que tenha total tranqüilidade para trabalhar, unindo partido e a base do governo."
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Enquete: o PT deve fazer alianças com partidos envolvidos no "mensalão"?
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PT vai separar caixa da campanha das contas do partido, diz Berzoini
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da Folha Online
Escaldado pela crise deflagrada pelo escândalo do "mensalão", o PT decidiu alterar a estratégia da campanha eleitoral deste ano. Entre as principais alterações está a separação das contas do partido das finanças da campanha eleitoral. Com isso, o partido quer coibir o caixa dois de campanha eleitoral e outras práticas suspeitas, como a utilização do "valerioduto".
"Temos a avaliação que as finanças de campanha têm de ser separadas das contas do partido e vice-versa. Temos de tratar essa campanha como algo suprapartidário e que fique limitada ao tempo da própria campanha", disse o presidente do PT, Ricardo Berzoini.
Ele foi escolhido ontem coordenador-geral da campanha eleitoral do PT à Presidência deste ano. Nesse primeiro momento, Berzoini deve focar sua atuação no fechamento de alianças, já que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não admitiu ainda que é candidato à reeleição.
Berzoini disse que o PT ainda não escolheu o nome do tesoureiro da campanha. "Ainda não tem nenhum nome previsto. Pode ser [alguém] de fora ou de dentro do partido também. Não há restrição. Apenas devemos separar as finanças do PT das finanças de campanha."
Ele indicou, entretanto, que o tesoureiro do partido não deverá ser o mesmo da campanha. "O tesoureiro do PT tem se comportado bem, corretamente, ajudando o partido a se recuperar", disse Berzoini se referindo ao secretário de finanças do partido, Paulo Ferreira. "Temos a avaliação que as finanças de campanha têm de ser separadas do partido."
Na campanha eleitoral de 2002, o tesoureiro do partido foi o mesmo que cuidou das contas da campanha: Delúbio Soares, que acabou deixando o PT após o escândalo do "mensalão".
Segundo o presidente do PT, a punição aos petistas envolvidos com o escândalo do "mensalão" e "valerioduto" ainda está em discussão. "Hoje, vamos avaliar a crise como um todo e não especificamente o caso dos mensaleiros. Hoje vamos tratar de construção partidária e como melhor a organização interna do partido."
Campanha
O partido, segundo Berzoini, já escolheu Lula como candidato. "O nome que nós queremos e desejamos é o do presidente Lula. Mas nós aceitamos e aprovamos a postura do presidente, que está priorizando a sua ação de governante, e usando o prazo que a lei permite para tomar a decisão de ser candidato ou não."
Como coordenador, Berzoini disse que buscará alianças com todos os partidos, exceto o PSDB e o PFL. "Nós estamos trabalhando com todos os partidos. Todos são importantes. Devemos buscar entendimento mais do que para a eleição, mas para a governabilidade futura, para um compromisso programático."
Segundo ele, o objetivo da coordenação de campanha será buscar a unidade partidária. "Vamos ter uma coordenação que tenha total tranqüilidade para trabalhar, unindo partido e a base do governo."
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