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03/05/2006 - 19h06

Rosinha diz para a Executiva do PMDB que Garotinho vai até o fim

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

A governadora do Rio, Rosinha Garotinho (PMDB), avisou nesta quarta-feira na reunião da Executiva Nacional do partido que a greve de fome do ex-governador Anthony Garotinho (PMDB) será levada até as últimas conseqüências. Num duro discurso, Rosinha acusou a Executiva de promover um golpe ao aceitar realizar uma convenção extraordinária para descartar a candidatura própria --a convenção está marcada para o dia 13.

Rosinha condenou o deboche com que a greve de fome vem sendo tratada, ressaltou que não concorda com o protesto, mas que esse foi o único caminho encontrado pelo ex-governador para expor sua indignação com as denúncias de que é alvo.

"Fui a primeira a ser comunicada e a primeira a questionar. Não estou feliz ao ver Garotinho definhando. Mas quem daqui teria uma solução para dar para um homem enlameado por mentiras? Podemos não concordar, mas não condenar."

Segundo Rosinha, Garotinho "vai para o tudo ou nada", pois tem "a vida limpa, é um homem honrado e custe o que custar vai limpar sua honra nem que seja com a própria vida".

A governadora citou vários exemplos de denúncias contra políticos divulgadas na imprensa que não foram comprovadas. E lembrou o episódio envolvendo a senadora Roseana Sarney (PFL-MA), quando foi encontrado dinheiro na sede da sua empresa no Maranhão, o que acabou inviabilizando a sua candidatura à Presidência da República.

As críticas mais ácidas, no entanto, foram dirigidas ao ex-governador de Pernambuco Jarbas Vasconcelos (PMDB) que propôs a retirada da candidatura de Garotinho em razão das denúncias contra ele. Rosinha acusou o ex-governador pernambucano de sempre trair o partido.

"O Jarbas não votou no Tancredo Neves, votou no Mário Covas; em 94 ele traiu novamente o PMDB quando votou no Fernando Henrique e não no Orestes Quércia e hoje ele continua traindo, pois seu candidato é o [Geraldo] Alckmin. Este sim é um homem coerente, porque sempre votou contra o partido", alfinetou.

A governadora condenou o fato de poucos terem telefonado para Garotinho. Segundo ela, nem mesmo para pedir que ele interrompesse a greve de fome. "Ninguém ligou nem mesmo para dizer que ele está prejudicando o partido", afirmou.

O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), disse hoje que entrou em contato com Garotinho para pedir que ele interrompesse o protesto.

Golpe

A governadora acusou a Executiva de promover um "golpe" ao apoiar a antecipação da convenção nacional. O encontro é proposto pelos governistas que são contrários a candidatura própria do partido.

"É um golpe. As pessoas estão olhando só para os seus interesses. Lamentamos", disse. O discurso da governadora foi aplaudido por membros da Executiva.

Especial
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