Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
12/05/2006 - 09h31

Acordo deve sepultar candidatura do PMDB

Publicidade

KENNEDY ALENCAR
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Um acordo da ala governista do PMDB com setores oposicionistas da sigla deverá sepultar politicamente amanhã, em uma convenção em Brasília, a candidatura presidencial do partido e, por conseqüência, a postulação de Anthony Garotinho ao Planalto.

A eventual candidatura do ex-presidente Itamar Franco à Presidência também deverá ser descartada, segundo o acerto.

A Folha apurou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deverá disputar a reeleição, e o ex-governador Geraldo Alckmin, candidato tucano à Presidência, já foram informados de que o PMDB não apoiará nenhum dos dois no primeiro turno, marcado para 1º de outubro. Ou seja, o partido priorizará as coligações estaduais para tentar eleger 14 governadores e voltar em 2007 como a maior bancada do Senado e uma das primeiras da Câmara.

Em almoço anteontem com Lula, o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), um dos principais líderes da ala governista, disse que o acordo em costura com os oposicionistas previa o fim da candidatura própria, mas também a decisão de não se aliar a PT nem a PSDB no pleito presidencial. Lula ainda insistirá num vice peemedebista, mas a possibilidade hoje de obter sucesso é remota.

No início da semana, em conversa com Alckmin, o presidente do PMDB, Michel Temer (SP), que defendia há até pouco tempo Garotinho, disse que a maioria do partido tendia a optar por não concorrer ao Planalto e não se aliar na campanha presidencial.

O acordo é resultado da decisão judicial que determinou que continua válida para a próxima eleição a regra da verticalização. Essa regra restringe a liberdade de alianças nos Estados. Impede que um partido que apóie Lula nacionalmente se alie a um adversário do PT na campanha presidencial.

Como a maioria das seções estaduais peemedebistas quer alianças ora com o PSDB, ora com o PT, nasceram as condições políticas para um entendimento.

Garotinho

A greve de fome feita por Garotinho, desaprovada pela maioria dos dirigentes peemedebistas, foi a gota d'água para sepultar seu projeto presidencial. Na convenção de amanhã, a cédula pedirá que os 528 convencionais digam sim ou não à candidatura própria.

O total de votos possível é de 726, pois há convencionais que optam mais de uma vez por acúmulo de funções partidárias. A convenção ocorrerá amanhã no Senado, das 9h às 17h.

A intenção da cúpula é dar uma sinalização política para acelerar as negociações nos Estados. Já está na conta a possibilidade de nova guerra judicial, a exemplo do que aconteceu com a convenção de dezembro de 2004.

Naquele mês, a ala governista se ausentou do encontro, e os oposicionistas venceram, decidindo por uma candidatura à Presidência em 2006. De lá para cá, a ala oposicionista se dividiu. A maior parte abandonou Garotinho.

Como a legislação prevê que as convenções que homologam candidatos e alianças para as eleições devam ocorrer entre 10 e 30 de junho, a ala governista e um oposicionista trabalharão para inviabilizar a convenção nacional no próximo mês. Assim, o PMDB não teria candidato nem aliança.

Renan

Pela segunda vez ocupando interinamente a Presidência da República (Lula está na Áustria), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi recebido ontem na Casa com honras de chefe de Estado --com tapete vermelho e recepção de líderes de partidos. Ele participou da sessão de comemoração dos 180 anos do Senado, ao lado da presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Ellen Gracie.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre as eleições 2006
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página