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12/05/2006
-
11h31
MALU DELGADO
da Folha de S.Paulo
Os petistas querem eleger novamente os parlamentares e líderes partidários envolvidos na crise do mensalão.
Em sondagens feitas por vários diretórios municipais de São Paulo na prévia para decidir o candidato a governador, os filiados do PT indicaram, entre os preferidos a uma vaga na Câmara, João Paulo Cunha, Professor Luizinho, José Mentor (que escaparam da cassação) e o ex-presidente do partido José Genoino.
Nem todos os diretórios fizeram a sondagem, que não tem caráter decisório. Os nomes indicados serão enviados ao diretório estadual, que decidirá a chapa e a apresentará na convenção de junho. O diretório não divulgará oficialmente as sondagens.
Em Osasco, o ex-presidente da Câmara João Paulo foi citado por 934 petistas. Em segundo lugar aparece Genoino, com 155 votos.
O ex-ministro Antonio Palocci, que deixou o governo sob a acusação de ser o responsável pela quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, foi líder absoluto na eleição petista em seu reduto eleitoral, Ribeirão Preto.
Palocci foi lembrado por 316 petistas. O segundo lugar em Ribeirão é de Gilmar Dominici, ex-prefeito de Franca, com 67 votos. O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia, também está entre os mais citados, mas só teve 30 votos.
"Pelo que tenho ouvido até o momento, ele [Palocci] ainda não está propenso a disputar. Mas pode se animar", afirmou Jorge Parada, presidente do PT de Ribeirão.
Segundo ele, o ex-ministro tem expressão nacional, não apenas regional. Ele ressalva que não existe condenação contra Palocci. "A pessoa só fica constrangida quando é condenada", disse.
Professor Luizinho está entre os cinco preferidos em Diadema, Ribeirão Pires e Suzano. Em São Bernardo do Campo e Santo André, redutos eleitorais do deputado, a sondagem não foi feita. Mas a eleição de Luizinho é dada como certa por correligionários. "Acho que ele será reeleito. O pessoal [deputados do PT] certamente receberá um voto de confiança", disse o presidente do PT de São Bernardo, José Albino de Mello.
Segundo ele, os mais lembrados na região do ABC são Luizinho, Vicentinho e Professor Oswaldo Dias, ex-prefeito de Mauá. Para Mello, não há constrangimento em Luizinho tentar reeleger-se. "Houve um julgamento e ele foi absolvido pela Câmara", diz.
Na capital, a sondagem não foi feita. A partir de segunda-feira, afirma o presidente do PT paulistano, Paulo Fiorilo, as indicações serão colhidas em todos os diretórios zonais.
"Todas as candidaturas são legítimas, a não ser que haja algum entrave jurídico ou de ordem política não superados. João Paulo, Mentor e Luizinho foram absolvidos pela Câmara. Não vejo motivo para impedimento da indicação de seus nomes para as chapas do PT", afirmou Fiorilo.
O presidente estadual do PT, Paulo Frateschi, disse que a direção partidária vê a participação desses personagens na eleição como uma necessidade política. "Vamos pedir para irem a luta e enfrentarem as dificuldades."
Os dados dos diretórios municipais serão reunidos pelo diretório estadual, que perguntará a cada indicado se tem disposição para concorrer. Por fim, o PT estadual pedirá um relatório político das macrorregiões sobre os nomes.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre as eleições 2006
Petistas de SP querem reeleger mensaleiros
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da Folha de S.Paulo
Os petistas querem eleger novamente os parlamentares e líderes partidários envolvidos na crise do mensalão.
Em sondagens feitas por vários diretórios municipais de São Paulo na prévia para decidir o candidato a governador, os filiados do PT indicaram, entre os preferidos a uma vaga na Câmara, João Paulo Cunha, Professor Luizinho, José Mentor (que escaparam da cassação) e o ex-presidente do partido José Genoino.
Nem todos os diretórios fizeram a sondagem, que não tem caráter decisório. Os nomes indicados serão enviados ao diretório estadual, que decidirá a chapa e a apresentará na convenção de junho. O diretório não divulgará oficialmente as sondagens.
Em Osasco, o ex-presidente da Câmara João Paulo foi citado por 934 petistas. Em segundo lugar aparece Genoino, com 155 votos.
O ex-ministro Antonio Palocci, que deixou o governo sob a acusação de ser o responsável pela quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, foi líder absoluto na eleição petista em seu reduto eleitoral, Ribeirão Preto.
Palocci foi lembrado por 316 petistas. O segundo lugar em Ribeirão é de Gilmar Dominici, ex-prefeito de Franca, com 67 votos. O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia, também está entre os mais citados, mas só teve 30 votos.
"Pelo que tenho ouvido até o momento, ele [Palocci] ainda não está propenso a disputar. Mas pode se animar", afirmou Jorge Parada, presidente do PT de Ribeirão.
Segundo ele, o ex-ministro tem expressão nacional, não apenas regional. Ele ressalva que não existe condenação contra Palocci. "A pessoa só fica constrangida quando é condenada", disse.
Professor Luizinho está entre os cinco preferidos em Diadema, Ribeirão Pires e Suzano. Em São Bernardo do Campo e Santo André, redutos eleitorais do deputado, a sondagem não foi feita. Mas a eleição de Luizinho é dada como certa por correligionários. "Acho que ele será reeleito. O pessoal [deputados do PT] certamente receberá um voto de confiança", disse o presidente do PT de São Bernardo, José Albino de Mello.
Segundo ele, os mais lembrados na região do ABC são Luizinho, Vicentinho e Professor Oswaldo Dias, ex-prefeito de Mauá. Para Mello, não há constrangimento em Luizinho tentar reeleger-se. "Houve um julgamento e ele foi absolvido pela Câmara", diz.
Na capital, a sondagem não foi feita. A partir de segunda-feira, afirma o presidente do PT paulistano, Paulo Fiorilo, as indicações serão colhidas em todos os diretórios zonais.
"Todas as candidaturas são legítimas, a não ser que haja algum entrave jurídico ou de ordem política não superados. João Paulo, Mentor e Luizinho foram absolvidos pela Câmara. Não vejo motivo para impedimento da indicação de seus nomes para as chapas do PT", afirmou Fiorilo.
O presidente estadual do PT, Paulo Frateschi, disse que a direção partidária vê a participação desses personagens na eleição como uma necessidade política. "Vamos pedir para irem a luta e enfrentarem as dificuldades."
Os dados dos diretórios municipais serão reunidos pelo diretório estadual, que perguntará a cada indicado se tem disposição para concorrer. Por fim, o PT estadual pedirá um relatório político das macrorregiões sobre os nomes.
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