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16/05/2006
-
09h16
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
CATIA SEABRA
da Folha de S.Paulo
Às vésperas da escolha do candidato a vice da chapa de Geraldo Alckmin à Presidência, uma nova crise abalou ontem o relacionamento entre tucanos e pefelistas em São Paulo, alimentada pelos atentados da facção criminosa PCC no Estado.
A onda de violência também deixou em alerta o comando das campanhas de Alckmin e de José Serra, candidato tucano ao governo de SP. Ambas temem "radicalização" do PT nos ataques à área da segurança.
A ala do PFL desde o início contrária à manutenção dos tucanos Saulo de Castro Abreu Filho (Segurança) e Nagashi Furukawa (Administração Penitenciária) na gestão Cláudio Lembo voltou à carga ontem e quer que o PSDB divida publicamente com o governador os prejuízos à imagem do pefelista e de seu partido por conta dos atentados. Mas os tucanos próximos a Serra e Alckmin dizem não aceitar a hipótese.
O comando da campanha de Alckmin a presidente quer vê-lo afastado do epicentro da crise, ainda que a manutenção de Saulo, homem da confiança do tucano, e de Furukawa tenha sido um pedido do ex-governador, de quem Lembo herdou o cargo em 1º de abril. O PFL deve indicar até o final de semana o vice de Alckmin.
Ontem, os pefelistas paulistas diziam que, caso a crise na segurança persista, poderá não haver "clima" para a escolha.
Os três nomes do PFL com direito a voto na escolha do vice são justamente Lembo, Gilberto Kassab, prefeito da capital, e Rodrigo Garcia, presidente da Assembléia.
Dos nove deputados do PFL na Assembléia, pelo menos cinco eram contra a idéia da manutenção de Saulo. Os nomes do partido para o cargo eram Romeu Tuma (SP) e o adjunto da Segurança, Marcelo Martins de Oliveira.
Em março, a ala do líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), disse a Lembo que não gostaria de ver o ex-secretário Gabriel Chalita, outro nome de confiança de Alckmin, na Educação.
Ontem, Alckmin observou distância regulamentar da crise. Tucanos próximos a ele arriscavam palpites que, se houver um grande prejudicado, ele deverá ser Serra.
Avaliações preliminares dos tucanos davam conta de que, a exemplo do que fez em 2002, o PT vai endurecer nas críticas à segurança. Naquela eleição, José Genoino chegou a utilizar o bordão malufista de "Rota na rua" na campanha contra Alckmin.
Apesar de defender publicamente Saulo, o grupo ligado a José Serra sempre fez ressalvas à sua política. Um parlamentar ligado ao ex-prefeito avalia que, dependendo da evolução da crise, o candidato ao governo poderá até se pronunciar publicamente contra a manutenção de Saulo no cargo, caso ele vença a eleição.
Ontem à noite, o grupo próximo a Alckmin já admitia que a situação de Furukawa tornara-se insustentável. O PFL teria informado o candidato tucano que ele deverá deixar a Administração Penitenciária.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o PCC
Leia a cobertura completa sobre os ataques do PCC em SP
PCC abre nova crise entre tucanos e pefelistas
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CATIA SEABRA
da Folha de S.Paulo
Às vésperas da escolha do candidato a vice da chapa de Geraldo Alckmin à Presidência, uma nova crise abalou ontem o relacionamento entre tucanos e pefelistas em São Paulo, alimentada pelos atentados da facção criminosa PCC no Estado.
A onda de violência também deixou em alerta o comando das campanhas de Alckmin e de José Serra, candidato tucano ao governo de SP. Ambas temem "radicalização" do PT nos ataques à área da segurança.
A ala do PFL desde o início contrária à manutenção dos tucanos Saulo de Castro Abreu Filho (Segurança) e Nagashi Furukawa (Administração Penitenciária) na gestão Cláudio Lembo voltou à carga ontem e quer que o PSDB divida publicamente com o governador os prejuízos à imagem do pefelista e de seu partido por conta dos atentados. Mas os tucanos próximos a Serra e Alckmin dizem não aceitar a hipótese.
O comando da campanha de Alckmin a presidente quer vê-lo afastado do epicentro da crise, ainda que a manutenção de Saulo, homem da confiança do tucano, e de Furukawa tenha sido um pedido do ex-governador, de quem Lembo herdou o cargo em 1º de abril. O PFL deve indicar até o final de semana o vice de Alckmin.
Ontem, os pefelistas paulistas diziam que, caso a crise na segurança persista, poderá não haver "clima" para a escolha.
Os três nomes do PFL com direito a voto na escolha do vice são justamente Lembo, Gilberto Kassab, prefeito da capital, e Rodrigo Garcia, presidente da Assembléia.
Dos nove deputados do PFL na Assembléia, pelo menos cinco eram contra a idéia da manutenção de Saulo. Os nomes do partido para o cargo eram Romeu Tuma (SP) e o adjunto da Segurança, Marcelo Martins de Oliveira.
Em março, a ala do líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), disse a Lembo que não gostaria de ver o ex-secretário Gabriel Chalita, outro nome de confiança de Alckmin, na Educação.
Ontem, Alckmin observou distância regulamentar da crise. Tucanos próximos a ele arriscavam palpites que, se houver um grande prejudicado, ele deverá ser Serra.
Avaliações preliminares dos tucanos davam conta de que, a exemplo do que fez em 2002, o PT vai endurecer nas críticas à segurança. Naquela eleição, José Genoino chegou a utilizar o bordão malufista de "Rota na rua" na campanha contra Alckmin.
Apesar de defender publicamente Saulo, o grupo ligado a José Serra sempre fez ressalvas à sua política. Um parlamentar ligado ao ex-prefeito avalia que, dependendo da evolução da crise, o candidato ao governo poderá até se pronunciar publicamente contra a manutenção de Saulo no cargo, caso ele vença a eleição.
Ontem à noite, o grupo próximo a Alckmin já admitia que a situação de Furukawa tornara-se insustentável. O PFL teria informado o candidato tucano que ele deverá deixar a Administração Penitenciária.
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