Publicidade
Publicidade
16/05/2006
-
17h19
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O ex-governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, reclamou nesta terça-feira da falta de repasse de dinheiro do governo federal para a segurança pública dos Estados, criticou a demora de decisões judiciais, mas não assumiu parcela de responsabilidade pela violência promovida pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).
A ação do comando organizado no Estado, inclusive, não geraria prejuízo para sua campanha à Presidência da República. "Isso não tem nada a ver com candidatura, absolutamente nada. Essa é uma questão suprapartidária, não tem questão de natureza eleitoral", declarou.
Após reunião no Senado para tratar de projetos que tratam do combate ao crime organizado, Alckmin tentou evitar polêmicas e não quis indicar os culpados pela onda de violência em São Paulo, Paraná, Bahia e Mato Grosso do Sul. No entanto, cobrou do governo federal um sistema nacional de segurança, de comunicação, a criação da polícia de fronteira para coibir o tráfico de armas e de drogas e a liberação de recursos para os Estados.
"Nós estamos em maio. Sequer assinamos os convênios do Fundo Penitenciário e do Fundo de Segurança. Nem assinamos, quanto mais receber dinheiro", afirmou. "Ou o Brasil coloca como prioridade o enfrentamento da organização criminosa, ou ficaremos enxugando gelo. Crime não tem fronteira", acrescentou.
Ao Judiciário, pediu agilidade nas decisões sobre criminosos e ao Legislativo a mudança no código penal, aumento da pena máxima de 30 para 40 anos e aumento do período que um preso pode ficar isolado em penitenciárias de segurança máxima --atualmente o prazo é de um ano, mas o Senado cogita elevar o período para quatro anos. "O Brasil precisa de um mutirão contra o crime. Todas as pessoas de bem exigem da sociedade esse esforço."
Apesar dos anos que passou no governo do Estado, Alckmin não assumiu possíveis falhas em sua gestão no setor de segurança. Ao contrário, afirmou que seu governo foi o que mais gastou em segurança e apresentou números que indicariam a redução da criminalidade.
"São Paulo tem 22% da população brasileira e 44% da população carcerária, mais de 140 mil pessoas presas", afirmou. "Com mais de 140 mil presos, o quadro é mais difícil", continuou. "Foi o Estado que mais investiu no sistema penitenciário, tanto é que as únicas penitenciárias de segurança máxima com regime disciplinar diferenciado estão em São Paulo", disse.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o PCC
Leia a cobertura completa sobre os ataques do PCC em SP
Alckmin reclama da falta de repasse do governo federal para a segurança
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
O ex-governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, reclamou nesta terça-feira da falta de repasse de dinheiro do governo federal para a segurança pública dos Estados, criticou a demora de decisões judiciais, mas não assumiu parcela de responsabilidade pela violência promovida pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).
A ação do comando organizado no Estado, inclusive, não geraria prejuízo para sua campanha à Presidência da República. "Isso não tem nada a ver com candidatura, absolutamente nada. Essa é uma questão suprapartidária, não tem questão de natureza eleitoral", declarou.
Após reunião no Senado para tratar de projetos que tratam do combate ao crime organizado, Alckmin tentou evitar polêmicas e não quis indicar os culpados pela onda de violência em São Paulo, Paraná, Bahia e Mato Grosso do Sul. No entanto, cobrou do governo federal um sistema nacional de segurança, de comunicação, a criação da polícia de fronteira para coibir o tráfico de armas e de drogas e a liberação de recursos para os Estados.
"Nós estamos em maio. Sequer assinamos os convênios do Fundo Penitenciário e do Fundo de Segurança. Nem assinamos, quanto mais receber dinheiro", afirmou. "Ou o Brasil coloca como prioridade o enfrentamento da organização criminosa, ou ficaremos enxugando gelo. Crime não tem fronteira", acrescentou.
Ao Judiciário, pediu agilidade nas decisões sobre criminosos e ao Legislativo a mudança no código penal, aumento da pena máxima de 30 para 40 anos e aumento do período que um preso pode ficar isolado em penitenciárias de segurança máxima --atualmente o prazo é de um ano, mas o Senado cogita elevar o período para quatro anos. "O Brasil precisa de um mutirão contra o crime. Todas as pessoas de bem exigem da sociedade esse esforço."
Apesar dos anos que passou no governo do Estado, Alckmin não assumiu possíveis falhas em sua gestão no setor de segurança. Ao contrário, afirmou que seu governo foi o que mais gastou em segurança e apresentou números que indicariam a redução da criminalidade.
"São Paulo tem 22% da população brasileira e 44% da população carcerária, mais de 140 mil pessoas presas", afirmou. "Com mais de 140 mil presos, o quadro é mais difícil", continuou. "Foi o Estado que mais investiu no sistema penitenciário, tanto é que as únicas penitenciárias de segurança máxima com regime disciplinar diferenciado estão em São Paulo", disse.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice