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17/05/2006
-
16h00
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
A CPI do Tráfico de Armas descobriu hoje que o depoimento secreto de dois delegados da Polícia Civil de SP, Godofredo Bittencourt Filho e Rui Ferraz, foram repassados para dois advogados do PCC (Primeiro Comando da Capital), que entregaram a cópia das transcrições para o líder da facção, Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola, ainda naquela semana.
Os depoimentos contém informações sobre a transferência de presos de alta periculosidade, o que teria sido o motivo para a onda de violência que se abateu nos últimos dias sobre São Paulo e outros Estados.
Na quarta-feira passada, Bittencourt e Ferraz dariam depoimentos abertos à CPI. Na sala, no entanto, os dois delegados identificaram dois advogados do PCC e pediram que a sessão fosse reservada a parlamentares.
No depoimento, os delegados contaram que naquela semana haveria transferência de presos de alta periculosidade de SP para um regime diferenciado, além de outras informações sobre a atuação do PCC, responsável pela onda de violência no Estado.
Suborno de R$ 200
Segundo a CPI, os advogados conseguiram o depoimento dos dois delegados subornando um funcionário terceirizado da Câmara, que trabalhava no registro do áudio da reunião. O funcionário é Arthur Vinicius Silva, que por R$ 200 entregou dois CDs contendo as gravações dos depoimentos.
Silva, que depõe nesta tarde na CPI, já confirmou aos integrantes a entrega dos CDs, havia sido afastado já na quinta-feira, mas por outro motivo.
Há uma expectativa de que ele já saia preso da comissão, indiciado por quebra de sigilo e corrupção passiva.
Ironia de Marcola
A descoberta do vazamento dos depoimentos secretos começou com a desconfiança dos delegados, que ouviram Marcola na sexta-feira seguinte à participação na CPI.
Quando Marcola falou com Bittencourt e Ferraz, ele ironizou os delegados e sinalizou que conhecia o teor do depoimento dos dois na Câmara. Os delegados entraram em contato com o deputado Arnaldo Faria de Sá, membro da CPI, que levou o caso ao presidente Moroni Torgan (PFL-CE).
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da Folha Online, em Brasília
A CPI do Tráfico de Armas descobriu hoje que o depoimento secreto de dois delegados da Polícia Civil de SP, Godofredo Bittencourt Filho e Rui Ferraz, foram repassados para dois advogados do PCC (Primeiro Comando da Capital), que entregaram a cópia das transcrições para o líder da facção, Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola, ainda naquela semana.
Os depoimentos contém informações sobre a transferência de presos de alta periculosidade, o que teria sido o motivo para a onda de violência que se abateu nos últimos dias sobre São Paulo e outros Estados.
Na quarta-feira passada, Bittencourt e Ferraz dariam depoimentos abertos à CPI. Na sala, no entanto, os dois delegados identificaram dois advogados do PCC e pediram que a sessão fosse reservada a parlamentares.
No depoimento, os delegados contaram que naquela semana haveria transferência de presos de alta periculosidade de SP para um regime diferenciado, além de outras informações sobre a atuação do PCC, responsável pela onda de violência no Estado.
Suborno de R$ 200
Segundo a CPI, os advogados conseguiram o depoimento dos dois delegados subornando um funcionário terceirizado da Câmara, que trabalhava no registro do áudio da reunião. O funcionário é Arthur Vinicius Silva, que por R$ 200 entregou dois CDs contendo as gravações dos depoimentos.
Silva, que depõe nesta tarde na CPI, já confirmou aos integrantes a entrega dos CDs, havia sido afastado já na quinta-feira, mas por outro motivo.
Há uma expectativa de que ele já saia preso da comissão, indiciado por quebra de sigilo e corrupção passiva.
Ironia de Marcola
A descoberta do vazamento dos depoimentos secretos começou com a desconfiança dos delegados, que ouviram Marcola na sexta-feira seguinte à participação na CPI.
Quando Marcola falou com Bittencourt e Ferraz, ele ironizou os delegados e sinalizou que conhecia o teor do depoimento dos dois na Câmara. Os delegados entraram em contato com o deputado Arnaldo Faria de Sá, membro da CPI, que levou o caso ao presidente Moroni Torgan (PFL-CE).
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