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18/05/2006 - 13h36

Com 229 assinaturas, CPI das Sanguessugas já pode sair do papel

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

O requerimento que pede a criação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Sanguessugas será protocolado nesta quinta-feira na Mesa Diretora do Congresso. De acordo com o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), o documento conta com as assinaturas de 200 deputados e 29 senadores.

Como se trata de uma CPI mista, caberá ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidir se instaura ou não a comissão. A Folha Online apurou que ele estaria sofrendo pressões do PMDB para arquivar o requerimento.

A CPI irá investigar a participação de deputados e senadores no desvio de recursos do Orçamento por meio da compra de ambulâncias superfaturadas. Entre os denunciados está o líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PB). Ele nega participação no esquema.

O requerimento seria protocolado hoje pela manhã, mas os responsáveis por colher as assinaturas ainda esperam conseguir mais nomes de senadores para evitar que a desistência de alguém acabe inviabilizando a CPI.

"A margem no Senado ainda está muito pequena. Precisamos de 27 assinaturas, temos 29, mas o ideal é chegarmos a um pouco mais", disse Jungmann.

A tarefa para aumentar o número é dos senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Heloísa Helena (PSOL-AL).

Na avaliação de Jungmann, embora tenha se manifestado contra a CPI, o presidente do Senado não terá argumentos para impedir a sua criação. "Acho que a CPI ficou incontornável. É impossível que não seja instalada ante das últimas informações. Ele [Renan] expressou opinião contrária à CPI, mas ela tem que acontecer", disse o deputado pernambucano.

Ontem, a ex-funcionária do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino disse para a comissão de sindicância da Corregedoria da Câmara que 283 parlamentares podem estar envolvidos no esquema. Até agora, a Câmara investiga apenas 17. O Senado, por orientação de Renan, apenas acompanha as investigações da Polícia Federal.

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