Publicidade
Publicidade
22/05/2006
-
17h06
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), empurrou para a Corregedoria a decisão sobre a inclusão ou não do segundo-secretário da Casa, deputado Nilton Capixaba (PTB-RO), nas investigações da "máfia dos sanguessugas".
O nome do deputado foi citado nas investigações da Polícia Federal como integrante do esquema, mas não está entre os 16 investigados.
"O corregedor e a comissão de sindicância é que tem que adotar as providências", afirmou Aldo.
O presidente da Câmara agiu de forma diferente com relação a outro citado nas denúncias. De acordo com o corregedor da Casa, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), partiu de Aldo uma representação para que o deputado Reginaldo Germano (PP-BA) fosse incluído na lista dos investigados, que totaliza 16 deputados.
Aldo tomou a decisão depois que o "Jornal Nacional", da Rede Globo, divulgou áudio de uma gravação entre dois funcionários da Planam em que eles combinam depositar dinheiro nas contas do parlamentar.
Com relação a Capixaba a situação é a mesma. Em entrevista ao "Fantástico", o ex-prefeito de Cerejeiras, José Eugênio de Souza, disse que o deputado estaria por trás de uma empresa que vende ambulâncias superfaturadas.
A empresa em questão é a Klass Comércio e Representação Ltda., que pertence a Darci José Vedoin e Cléia Maria Trevisan Vedoin, os mesmos donos da Planam, a principal empresa do esquema desmontado pela Operação Sanguessuga.
CPI
Aldo Rebelo também não quis comentar a possível instalação da "CPI das Sanguessugas". A comissão terá como objetivo investigar o desvio de recursos do Orçamento por meio de compra superfaturada de ambulâncias.
"CPIs são iniciativas da Câmara e do Senado que obedecem à Constituição e são instaladas quando preenchem requisitos estabelecidos. Não cabe ao presidente da Câmara emitir juízo de valor", esquivou-se.
O requerimento de criação da CPI foi protocolado na Mesa do Congresso na última sexta-feira com o apoio de 220 deputados e 30 senadores. Como a comissão será formada por deputados e senadores, cabe ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidir se aceita ou não instalar a nova CPI.
Renan passou o final de semana em Nova York, cumprindo agenda oficial, e chega hoje à noite ao Brasil. A decisão só deverá ser anunciada amanhã.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Operação Sanguessuga
Aldo diz que cabe à Corregedoria decidir se investiga Nilton Capixaba
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), empurrou para a Corregedoria a decisão sobre a inclusão ou não do segundo-secretário da Casa, deputado Nilton Capixaba (PTB-RO), nas investigações da "máfia dos sanguessugas".
O nome do deputado foi citado nas investigações da Polícia Federal como integrante do esquema, mas não está entre os 16 investigados.
"O corregedor e a comissão de sindicância é que tem que adotar as providências", afirmou Aldo.
O presidente da Câmara agiu de forma diferente com relação a outro citado nas denúncias. De acordo com o corregedor da Casa, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), partiu de Aldo uma representação para que o deputado Reginaldo Germano (PP-BA) fosse incluído na lista dos investigados, que totaliza 16 deputados.
Aldo tomou a decisão depois que o "Jornal Nacional", da Rede Globo, divulgou áudio de uma gravação entre dois funcionários da Planam em que eles combinam depositar dinheiro nas contas do parlamentar.
Com relação a Capixaba a situação é a mesma. Em entrevista ao "Fantástico", o ex-prefeito de Cerejeiras, José Eugênio de Souza, disse que o deputado estaria por trás de uma empresa que vende ambulâncias superfaturadas.
A empresa em questão é a Klass Comércio e Representação Ltda., que pertence a Darci José Vedoin e Cléia Maria Trevisan Vedoin, os mesmos donos da Planam, a principal empresa do esquema desmontado pela Operação Sanguessuga.
CPI
Aldo Rebelo também não quis comentar a possível instalação da "CPI das Sanguessugas". A comissão terá como objetivo investigar o desvio de recursos do Orçamento por meio de compra superfaturada de ambulâncias.
"CPIs são iniciativas da Câmara e do Senado que obedecem à Constituição e são instaladas quando preenchem requisitos estabelecidos. Não cabe ao presidente da Câmara emitir juízo de valor", esquivou-se.
O requerimento de criação da CPI foi protocolado na Mesa do Congresso na última sexta-feira com o apoio de 220 deputados e 30 senadores. Como a comissão será formada por deputados e senadores, cabe ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidir se aceita ou não instalar a nova CPI.
Renan passou o final de semana em Nova York, cumprindo agenda oficial, e chega hoje à noite ao Brasil. A decisão só deverá ser anunciada amanhã.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice