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24/05/2006
-
12h52
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Os integrantes do Congresso rejeitam o rótulo de "pizza" para a transferência das investigações sobre a máfia das ambulâncias para a Procuradoria Geral da República. O esquema de compra superfaturada de ambulâncias com dinheiro da União vinha sendo investigado pela Corregedoria da Câmara, pois havia a suspeita de envolvimento de 16 parlamentares.
No entanto, como o número de suspeitos pode chegar a 30, o Congresso repassou as investigações para a Procuradoria, pois alega que não tem estrutura para assumir uma sindicância desse porte.
O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), nega que a mudança vá significar uma "pizza". "O Congresso está interessado na investigação, na apuração da responsabilidade e na punição dos deputados", disse ele. "O poder público tem mais condições de produzir investigações com mais celeridade."
O corregedor da Câmara, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), afirma que a transferência da investigação para a Procuradoria não tornará a vida dos suspeitos mais fácil. "Não sei se eu fosse culpado se estaria mais feliz [com a mudança]. Estaria muito mais preocupado agora, porque a Procuradoria tem mais condições de produzir provas que a Corregedoria."
Segundo ele, a Procuradoria tem mais poder de investigar que a Corregedoria. "A Corregedoria não pode quebrar sigilo, por exemplo."
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, pode concluir parte das investigações em uma semana e enviar um relatório para o Congresso. "Ele vai nos informar passo-a-passo [da investigação] de modo que se possa separar o joio do trigo."
"Numa semana o procurador vai recolher os indícios, fazer perícias e representações contra as quais há dados concretos. Tão logo chegue essas informações, o papel das duas Corregedoria é encaminhar direto para o Conselho de Ética", afirmou Renan.
Segundo ele, a decisão de repassar as investigações para a Procuradoria foi tomada para que não houvesse uma "sobreposição" e para a apuração fosse mais rápida.
Perguntado sobre a diferença desse caso e da denúncia do mensalão, que originou uma CPI, Renan afirmou que as investigações políticas ocorrem quando as coisas não ocorrem na Justiça".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Operação Sanguessuga
Congresso nega "pizza da sanguessuga" e diz que investigação será mais rápida
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da Folha Online, em Brasília
Os integrantes do Congresso rejeitam o rótulo de "pizza" para a transferência das investigações sobre a máfia das ambulâncias para a Procuradoria Geral da República. O esquema de compra superfaturada de ambulâncias com dinheiro da União vinha sendo investigado pela Corregedoria da Câmara, pois havia a suspeita de envolvimento de 16 parlamentares.
No entanto, como o número de suspeitos pode chegar a 30, o Congresso repassou as investigações para a Procuradoria, pois alega que não tem estrutura para assumir uma sindicância desse porte.
O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), nega que a mudança vá significar uma "pizza". "O Congresso está interessado na investigação, na apuração da responsabilidade e na punição dos deputados", disse ele. "O poder público tem mais condições de produzir investigações com mais celeridade."
O corregedor da Câmara, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), afirma que a transferência da investigação para a Procuradoria não tornará a vida dos suspeitos mais fácil. "Não sei se eu fosse culpado se estaria mais feliz [com a mudança]. Estaria muito mais preocupado agora, porque a Procuradoria tem mais condições de produzir provas que a Corregedoria."
Segundo ele, a Procuradoria tem mais poder de investigar que a Corregedoria. "A Corregedoria não pode quebrar sigilo, por exemplo."
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, pode concluir parte das investigações em uma semana e enviar um relatório para o Congresso. "Ele vai nos informar passo-a-passo [da investigação] de modo que se possa separar o joio do trigo."
"Numa semana o procurador vai recolher os indícios, fazer perícias e representações contra as quais há dados concretos. Tão logo chegue essas informações, o papel das duas Corregedoria é encaminhar direto para o Conselho de Ética", afirmou Renan.
Segundo ele, a decisão de repassar as investigações para a Procuradoria foi tomada para que não houvesse uma "sobreposição" e para a apuração fosse mais rápida.
Perguntado sobre a diferença desse caso e da denúncia do mensalão, que originou uma CPI, Renan afirmou que as investigações políticas ocorrem quando as coisas não ocorrem na Justiça".
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