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24/05/2006 - 17h19

PFL admite que pesquisa acendeu "luz amarela" na campanha de Alckmin

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

Apesar da estratégia de minimizar o resultado da pesquisa CNT/Sensus --que apontou o crescimento da candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva--, integrantes do PFL admitem que esse desempenho "acendeu a luz amarela" na campanha do tucano Geraldo Alckmin. A pesquisa mostra queda na intenção de voto de Alckmin e do peemedebista Anthony Garotinho.

"Nosso candidato vai precisar se esforçar mais para que suas propostas possam chegar às pessoas", disse o deputado Pauderney Avelino (PFL-AM). "A luz amarela está acesa há muito tempo."

A cúpula do PSDB deve se reunir ainda hoje para avaliar o resultado da pesquisa e definir uma possível mudança no rumo da campanha de Alckmin.

No PSDB, apurou a Folha Online, a expectativa também era de que Lula pontuaria mais na pesquisa, especialmente depois da campanha da Petrobras de auto-suficiência do petróleo.

Para o candidato do PPS ao Planalto, deputado Roberto Freire (PE), não há motivos para o PT comemorar o resultado da pesquisa. "Lula está muito pior do que o [ex-presidente] Fernando Henrique quando disputou a reeleição e tinha patamares bem mais altos nesta época do ano. E olha que o Fernando Henrique enfrentava um candidato fortíssimo como o Lula, o que não acontece hoje. O Lula não está enfrentando ninguém", disse.

Nesse cenário, Freire avaliou que o presidente Lula deveria aparecer nas pesquisas com um percentual muito maior. O que não acontece, segundo o deputado, em razão das denúncias de corrupção que atingem o governo. "As denúncias afetaram Lula e o tornaram frágil."

Bolsa-Família

O que sustenta o presidente Lula hoje nas pesquisas, na avaliação de Freire, são os resultados de programas sociais, como o Bolsa-Família, e a continuidade do controle da inflação. "O frango custa menos de R$ 1 e o preço da cesta básica caiu."

Um dos coordenadores da campanha da senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) ao Planalto, o deputado João Batista Babá (PSOL-RJ), ponderou que a pesquisa revelou que 30% dos eleitores estão indecisos. Percentual que pode mudar o resultado favorável a Lula hoje. "Tem muito eleitor que ainda pode mudar o seu voto e isso nos favorece."

Segundo ele, o crescimento da senadora, que chegou a 8% das intenções num cenário sem o ex-governador Anthony Garotinho como candidato do PMDB, demonstra que ela poderá disputar o segundo turno com Lula e não o tucano Geraldo Alckmin. "Quando começar a campanha e o PSDB e PT se digladiarem, as pessoas vão passar a olhar para a Heloísa."

Cautela no PT

O PT, por sua vez, comemorou com discrição o resultado da pesquisa. O líder do partido na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), disse que o levantamento demonstra que a população já associou a candidatura de Alckmin ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

"Votar no Alckmin seria o mesmo que votar no governo PSDB-PFL. A rejeição do Alckmin subiu muito, como ele não é conhecido é claro que isso é reflexo do governo FHC", afirmou.

Fontana observou que o presidente Lula se mantém na dianteira da pesquisa porque ainda é visto como o único que pode melhorar a situação do país. "Começo a encontrar pessoas com críticas a Lula, que cobram resultados em algumas áreas, mas essas pessoas também acreditam que a continuidade do governo do PT amplia as chances para que essas mudanças aconteçam."

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