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26/05/2006
-
17h50
da Folha Online
A Polícia Federal deve encaminhar hoje o inquérito que apura o suposto esquema de corrupção envolvendo os Correios para o STF (Supremo Tribunal Federal). O prazo do inquérito acabaria hoje. Mas a PF vai requerer mais 30 dias para concluir as investigações.
O esquema de corrupção veio á tona com a divulgação de uma gravação que mostrava Maurício Marinho, ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios, recebendo uma propina de R$ 3.000. Ele foi demitido por justa causa em setembro de 2005.
O desdobramento do caso resultou na denúncia feita pelo ex-deputado Roberto Jefferson sobre a existência do pagamento do mensalão por parte do Planalto aos partidos da base aliada. O escândalo provocou o afastamento de José Dirceu da Casa Civil, que mais tarde teve o mandato de parlamentar cassado pelo plenário da Câmara.
Nesta semana, a Polícia Federal voltou a ouvir envolvidos no esquema dos Correios. Além de Marinho, foram ouvidos o empresário Antônio Velasco, sócio da Comam, que forneceu cofres para os Correios, e o ex-presidente da estatal João Henrique de Almeida Souza.
Eles são suspeitos de participar de um esquema de fraude na licitação de compra de cofres para os Correios. A licitação para compra de 1.400 cofres eletrônicos foi feita em 2002, com a vitória das empresas Fortex e Comam, sendo a segunda responsável pelo fornecimento de 920 unidades, com um contrato de R$ 4,98 milhões.
Segundo os Correios, "houve ressalvas nas inspeções das amostras, recusa de lotes e atrasos na entrega" no caso da Comam, o que levou a estatal a multar a empresa em quase R$ 1 milhão.
Velasco afirmou ao delegado Luiz Flávio Zampronha que a responsabilidade pela configuração dos cofres era do fabricante e que Marinho aceitou os equipamentos mesmo fora da especificação. Ele não teria informado o delegado se o ex-diretor de compras recebeu vantagens para autorizar a recepção dos cofres, mesmo em condição irregular.
A versão de Valesco foi reforçada por João Henrique de Almeida Souza, que depôs pouco depois e que também colocou Marinho como responsável pela autorização de compra do material fora da especificação.
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PF pede prorrogação do inquérito que apura fraude nos Correios
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A Polícia Federal deve encaminhar hoje o inquérito que apura o suposto esquema de corrupção envolvendo os Correios para o STF (Supremo Tribunal Federal). O prazo do inquérito acabaria hoje. Mas a PF vai requerer mais 30 dias para concluir as investigações.
O esquema de corrupção veio á tona com a divulgação de uma gravação que mostrava Maurício Marinho, ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios, recebendo uma propina de R$ 3.000. Ele foi demitido por justa causa em setembro de 2005.
O desdobramento do caso resultou na denúncia feita pelo ex-deputado Roberto Jefferson sobre a existência do pagamento do mensalão por parte do Planalto aos partidos da base aliada. O escândalo provocou o afastamento de José Dirceu da Casa Civil, que mais tarde teve o mandato de parlamentar cassado pelo plenário da Câmara.
Nesta semana, a Polícia Federal voltou a ouvir envolvidos no esquema dos Correios. Além de Marinho, foram ouvidos o empresário Antônio Velasco, sócio da Comam, que forneceu cofres para os Correios, e o ex-presidente da estatal João Henrique de Almeida Souza.
Eles são suspeitos de participar de um esquema de fraude na licitação de compra de cofres para os Correios. A licitação para compra de 1.400 cofres eletrônicos foi feita em 2002, com a vitória das empresas Fortex e Comam, sendo a segunda responsável pelo fornecimento de 920 unidades, com um contrato de R$ 4,98 milhões.
Segundo os Correios, "houve ressalvas nas inspeções das amostras, recusa de lotes e atrasos na entrega" no caso da Comam, o que levou a estatal a multar a empresa em quase R$ 1 milhão.
Velasco afirmou ao delegado Luiz Flávio Zampronha que a responsabilidade pela configuração dos cofres era do fabricante e que Marinho aceitou os equipamentos mesmo fora da especificação. Ele não teria informado o delegado se o ex-diretor de compras recebeu vantagens para autorizar a recepção dos cofres, mesmo em condição irregular.
A versão de Valesco foi reforçada por João Henrique de Almeida Souza, que depôs pouco depois e que também colocou Marinho como responsável pela autorização de compra do material fora da especificação.
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