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28/05/2006 - 09h33

Diálogo revela participação de Dantas em atos da Kroll

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LEONARDO SOUZA
da Folha de S.Paulo

Os relatórios da Kroll obtidos pela Folha indicam que o banqueiro Daniel Dantas tinha participação ativa nas decisões da Kroll relacionadas ao caso Brasil Telecom.

No documento da reunião do dia 7 de fevereiro do ano passado entre Jules Kroll, Frank Holder, Carla Cico e uma pessoa não-identificada, o último bloco recebeu o título: "Os próximos passos acertados".

Nessa parte, Daniel Dantas é citado diretamente três vezes. A primeira menção informa que ele teria de trabalhar nas suas relações com o governo brasileiro. Na segunda, que ele teria de fazer uma oferta séria e real ao Citibank pela participação da instituição financeira americana na Brasil Telecom.

Na última, Jules Kroll teria de discutir primeiro com Dantas uma estratégia para abordar o Citibank. Dantas e Jules teriam uma conferência telefônica na sexta-feira, dia 11 daquele mês. Depois, Dantas teria um encontro com os executivos do Citibank Bill Rhodes e Michael Klein, num primeiro momento, e com o presidente do banco, Chuck Prince, numa segunda ocasião.

O quarto passo, que não menciona Dantas, remete a Frank Holder. Ele ficaria encarregado de traçar uma estratégia para lidar com a aparente ameaça representada pelo senador Romeu Tuma (PFL-SP) e pela Polícia Federal.

Contas

Tuma e o diretor-geral da PF, Paulo Lacerda, foram citados em reportagem recente da revista "Veja" como donos de supostas contas no exterior. As informações, atribuídas pela revista a Daniel Dantas, teriam como origem justamente uma investigação de Frank Holder.

O documento do dia 10 de fevereiro é uma ata sobre uma conferência telefônica na qual teriam participado Dantas, Jules, Holder e Carla Cico, ex-presidente da Brasil Telecom indicada pelo Opportunity, além do professor Roberto Mangabeira Unger.

Na conferência, Jules teria feito um relato dos encontros que teve em Davos, incluindo a conversa com o ex-ministro Antonio Palocci. Dantas teria concluído que era muito importante manter o diálogo com o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e com Palocci. Ele teria ressalvado, contudo, que apesar de importante as conversas com os dois ministros não seriam decisivas. "A questão decisiva era a Polícia Federal."

Especial
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