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29/05/2006
-
10h32
KENNEDY ALENCAR
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Os dois principais pré-candidatos a presidente, Luiz Inácio Lula da Silva e o tucano Geraldo Alckmin, acelerarão nesta semana as negociações sobre alianças nacionais e estaduais.
Além da formação de palanques com os partidos que os apoiarão oficialmente, Lula e Alckmin lutarão pela maior fatia do PMDB, buscando fechar alianças com o partido Estado por Estado. A aliança nacional de Lula, por ora, contará com PSB e PC do B. A de Alckmin, com PSDB e PFL.
O presidente do PT, deputado federal Ricardo Berzoini (SP), confirmou que seu partido "apressará" alianças. Na quarta-feira passada, como antecipou a Folha, Lula fechou a aliança PT-PSB-PC do B.
Nesta semana, fará outra reunião para saber onde intervirá para tentar convencer petistas a abrir espaços para aliados nacionais e estaduais ou onde terá mais de um palanque, caso provável de Pernambuco.
Já Alckmin fará amanhã em Brasília a primeira reunião do conselho político criado para aparar arestas entre as cúpulas do PSDB e PFL, que trocaram duras críticas na semana passada. Na quarta-feira, as siglas deverão selar a aliança.
Homologação oficial de candidaturas e de alianças, porém, só ocorrerão em convenções entre 10 e 30 de junho, como manda a lei eleitoral. Até lá, a política viverá a sua alta temporada de negociações, com Lula e Alckmin lutando por nacos do PMDB, partido que não deverá ter candidato a presidente para se aliar a PT, PSDB e PFL livremente nos Estados.
Um exemplo dessa disputa é São Paulo. Lula deve se reunir hoje com o presidente do PMDB no Estado, o ex-governador Orestes Quércia. Apesar do discurso de que crê em aliança com o PMDB, Lula sabe que a chance real é remota.
O encontro com Quércia está mais relacionado a uma eventual aliança em São Paulo e à formação de um novo ministério caso Lula seja reeleito.
Para o PT paulista, que lançou a candidatura do ex-líder do governo no Senado Aloizio Mercadante ao Palácio dos Bandeirantes, interessa que Quércia concorra a governador, o que, em tese, aumentaria a chance de segundo turno contra o candidato do PSDB no Estado, José Serra.
Segundo recente pesquisa Datafolha, Serra seria eleito no primeiro turno com 71% dos votos válidos no cenário sem Quércia.
Como o PT já lançou Eduardo Suplicy à reeleição ao Senado, a oferta a Quércia seria uma candidatura para ajudar Mercadante a tentar um segundo turno ou, em aliança estadual PT-PMDB, concorrer a deputado federal e indicar o vice do petista. Em troca, Quércia seria recompensado com um ministério.
Alckmin e Serra também cortejam Quércia. Além de participação em seus eventuais governos, já lhe fizeram oferta de indicar o candidato a vice em SP ou concorrer ao Senado.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre eleições de 2006
Lula e Alckmin aceleram negociação das alianças nacionais e estaduais
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
Os dois principais pré-candidatos a presidente, Luiz Inácio Lula da Silva e o tucano Geraldo Alckmin, acelerarão nesta semana as negociações sobre alianças nacionais e estaduais.
Além da formação de palanques com os partidos que os apoiarão oficialmente, Lula e Alckmin lutarão pela maior fatia do PMDB, buscando fechar alianças com o partido Estado por Estado. A aliança nacional de Lula, por ora, contará com PSB e PC do B. A de Alckmin, com PSDB e PFL.
O presidente do PT, deputado federal Ricardo Berzoini (SP), confirmou que seu partido "apressará" alianças. Na quarta-feira passada, como antecipou a Folha, Lula fechou a aliança PT-PSB-PC do B.
Nesta semana, fará outra reunião para saber onde intervirá para tentar convencer petistas a abrir espaços para aliados nacionais e estaduais ou onde terá mais de um palanque, caso provável de Pernambuco.
Já Alckmin fará amanhã em Brasília a primeira reunião do conselho político criado para aparar arestas entre as cúpulas do PSDB e PFL, que trocaram duras críticas na semana passada. Na quarta-feira, as siglas deverão selar a aliança.
Homologação oficial de candidaturas e de alianças, porém, só ocorrerão em convenções entre 10 e 30 de junho, como manda a lei eleitoral. Até lá, a política viverá a sua alta temporada de negociações, com Lula e Alckmin lutando por nacos do PMDB, partido que não deverá ter candidato a presidente para se aliar a PT, PSDB e PFL livremente nos Estados.
Um exemplo dessa disputa é São Paulo. Lula deve se reunir hoje com o presidente do PMDB no Estado, o ex-governador Orestes Quércia. Apesar do discurso de que crê em aliança com o PMDB, Lula sabe que a chance real é remota.
O encontro com Quércia está mais relacionado a uma eventual aliança em São Paulo e à formação de um novo ministério caso Lula seja reeleito.
Para o PT paulista, que lançou a candidatura do ex-líder do governo no Senado Aloizio Mercadante ao Palácio dos Bandeirantes, interessa que Quércia concorra a governador, o que, em tese, aumentaria a chance de segundo turno contra o candidato do PSDB no Estado, José Serra.
Segundo recente pesquisa Datafolha, Serra seria eleito no primeiro turno com 71% dos votos válidos no cenário sem Quércia.
Como o PT já lançou Eduardo Suplicy à reeleição ao Senado, a oferta a Quércia seria uma candidatura para ajudar Mercadante a tentar um segundo turno ou, em aliança estadual PT-PMDB, concorrer a deputado federal e indicar o vice do petista. Em troca, Quércia seria recompensado com um ministério.
Alckmin e Serra também cortejam Quércia. Além de participação em seus eventuais governos, já lhe fizeram oferta de indicar o candidato a vice em SP ou concorrer ao Senado.
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