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29/05/2006 - 18h36

PF já recapturou 37 "sanguessugas"; Ronivon se entregou na 6ª

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da Folha Online

A Polícia Federal já recapturou 37 acusados de participar do esquema de compra superfaturada de ambulâncias. A maior parte deles (35) foi solta na semana passada após decisão do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região.

Mas a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Ellen Gracie, revogou a decisão do TRF da 1ª Região e determinou a prisão de todos eles.

Além dos 35 que já estavam presos, a PF prendou mais dois --tinham a prisão preventiva decretada, mas ainda estavam soltos.

O ex-deputado Ronivon Santiago se entregou na noite desta sexta-feira para a PF em Brasília (DF).

O esquema

A peça acusatória do Ministério Público Federal aponta que o esquema fraudulento funcionava em três vertentes, com Maria da Penha Lino como assessora especial do Ministério da Saúde, o empresário Darci José Vedoin, na Planam, e Ronildo Medeiros, com a empresa Frontal, que vendia equipamentos.

O inquérito mostra que havia superfaturamento nos preços de ambulâncias e equipamentos, com o desdobramento da licitação, nos municípios, para que os valores não ultrapassassem a R$ 80 mil. Nos municípios, a Planam, com ambulâncias, e a Frontal, com equipamentos, disputavam as cartas convites com empresas fantasmas operadas por laranjas de Medeiros e Vedoin.

No período entre 2001 e 2005 foram vendidas mais de mil ambulâncias, ao preço médio de R$ 110 mil.

No inquérito, o Ministério Público Federal demonstra que as investigações da PF conseguiram identificar casos de superfaturamento de mais de 100%, com ambulâncias compradas por R$ 40 mil e revendidas às prefeituras por até R$ 82 mil. No inquérito, os procuradores federais mostram que 311 ambulâncias sofreram esse tipo de superfaturamento.

Depois de acertado o esquema nos municípios, o grupo acionava assessores parlamentares e deputados federais para a liberação de emendas para liberar recursos do Fundo Nacional de Saúde.

Maria da Penha, que em depoimento negou superfaturamento das ambulâncias, era quem trabalhava na liberação de emendas dos deputados envolvidos. Medeiros, segundo os advogados, nega e diz que sua empresa é legal. A defesa de Vedoin informa que ele também nega as acusações.

Especial
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