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30/05/2006 - 17h48

Lembo alfineta tucanos e nega execuções em SP

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EPAMINONDAS NETO
TATIANA FÁVARO
da Folha Online

O governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), alfinetou os tucanos hoje durante sabatina promovida pela Folha de S.Paulo. "Eu diria que, como toda ave, às vezes tucano voa fora de hora", disse ele se referindo ao símbolo do PSDB.

Ele não escondeu que gostaria que o ex-governador tucano Geraldo Alckmin estivesse mais presente durante os ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital). "Ele não esteve, mas tudo bem, eu já superei a crise."

Lembo, entretanto, declarou seu voto em Alckmin para presidente e no ex-prefeito José Serra para governador de São Paulo.

O governador comparou também o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) com o "senhor de engenho". "É uma demonstração de como as oligarquias, o senhor de engenho trata as outras pessoas", respondeu ele ao ser questionado sobre as declarações de ACM.

ACM afirmou que Lembo nunca tinha sido eleito pelo voto e chegou a chamar o governador paulista de "burro".

"O nosso senador é um homem de agressividade contínua. Felizmente, não tenho nada com ele", afirmou o governador.

Lembo disse que não tem diálogo com ACM e que faz parte da "corrente do senador Marco Maciel" dentro do PFL.

Polícia

Lembo se irritou ao ser questionado sobre a possível execução de suspeitos de ligação com o crime organizado na onda de ataques realizados pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) em São Paulo.

"Não houve execuções. A polícia é equilibrada e racional", disse Lembo. A resposta do governador provocou risos na platéia e a reação de Lembo. "E você [membro da platéia] que está rindo [da resposta do governador], não tem coragem de ser polícia. No dia do pânico você estava dentro de sua casa", afirmou ele.

Segundo laudos do IML (Instituto Médico Legal), ao menos 22 suspeitos foram mortos com tiros dados de cima para baixo.

O governador de São Paulo disse que o ex-secretário da Administração Penitenciária Nagashi Furukawa "se mostrou fragilizado diante dos acontecimentos". "Pediu exoneração e foi exonerado na hora.'

Lembo evitou falar sobre as divergências entre Furukawa e o secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho --o que teria, segundo informações extra-oficiais, levado Furukawa a se demitir. "Os dois secretários tinham suas visões do mundo. Um quis sair, saiu."

O governador manteve a sua posição de contrariedade à colocação do Exército nas ruas de São Paulo para ajudar a combater os ataques promovidos pela facção criminosa e disse não ser "simpático à desmilitarização da polícia".

O pefelista criticou leis herdadas do regime militar e considerou "absurda" a chamada Lei Fleury --que estabelece que um condenado primário pode permanecer em liberdade durante o trâmite do recurso. "O bandido vai embora e o policial fica como imbecil", disse. "O caso dessa menina [Suzane von Richthofen] não é culpa do Poder Judiciário, mas da legislação."

Especial
  • Leia a cobertura completa das Sabatinas na Folha
  • Leia o que já foi publicado sobre os ataques do PCC em São Paulo
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