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05/06/2006
-
15h06
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Uma cerimônia hoje no Palácio do Planalto revelou que os mensaleiros continuam com trânsito no governo. O ex-deputado Paulo Rocha (PT-PA) foi um dos convidados do presidente para participar da comemoração do "Dia Nacional do Meio Ambiente".
Na ocasião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou o Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável da área de influência da BR-163, estrada que liga Cuiabá a Santarém, reduto eleitoral de Paulo Rocha.
O petista sentou-se na primeira fila, bem de frente para o presidente Lula e demais autoridades. Acabou passando por um constrangimento, quando viu a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) citar os nomes de vários deputados e prefeitos que estavam sentados ao seu lado sem mencioná-lo.
No final da cerimônia, o deputado comentou a falta de prestígio. "Não estou mais entre os que mandam. Não tenho nada para dizer", desabafou.
Um ano de denúncias
Nesta terça-feira completa um ano que o ex-deputado Roberto Jefferson denunciou um esquema montado pelo PT para financiar os partidos da base e comprar apoio parlamentar.
Paulo Rocha recebeu R$ 920 mil do esquema. Descoberto entre os mensaleiros, teve que deixar a liderança do PT na Câmara e decidiu renunciar ao mandato a enfrentar um processo que poderia levá-lo à cassação.
Olhando para trás, o deputado disse que o PT errou ao envolver o partido no esquema, mas frisou que se sente injustiçado. "Acho que o nivelamento em relação ao mensalão trouxe injustiças a alguns, mas o PT coletivamente cometeu erros ao usar o caixa 2", disse.
O deputado disse que não se arrepende de ter renunciado, embora apenas três tenham sido cassados por causa das denúncias --Roberto Jefferson, José Dirceu (PT-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE).
"Não me arrependo absolutamente. Tudo o que fiz, tanto na captação dos recursos quanto a renúncia, é fruto de responsabilidade coletiva. Eu era presidente do partido no Pará quando tudo ocorreu", afirmou.
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Na ocasião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou o Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável da área de influência da BR-163, estrada que liga Cuiabá a Santarém, reduto eleitoral de Paulo Rocha.
O petista sentou-se na primeira fila, bem de frente para o presidente Lula e demais autoridades. Acabou passando por um constrangimento, quando viu a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) citar os nomes de vários deputados e prefeitos que estavam sentados ao seu lado sem mencioná-lo.
No final da cerimônia, o deputado comentou a falta de prestígio. "Não estou mais entre os que mandam. Não tenho nada para dizer", desabafou.
Um ano de denúncias
Nesta terça-feira completa um ano que o ex-deputado Roberto Jefferson denunciou um esquema montado pelo PT para financiar os partidos da base e comprar apoio parlamentar.
Paulo Rocha recebeu R$ 920 mil do esquema. Descoberto entre os mensaleiros, teve que deixar a liderança do PT na Câmara e decidiu renunciar ao mandato a enfrentar um processo que poderia levá-lo à cassação.
Olhando para trás, o deputado disse que o PT errou ao envolver o partido no esquema, mas frisou que se sente injustiçado. "Acho que o nivelamento em relação ao mensalão trouxe injustiças a alguns, mas o PT coletivamente cometeu erros ao usar o caixa 2", disse.
O deputado disse que não se arrepende de ter renunciado, embora apenas três tenham sido cassados por causa das denúncias --Roberto Jefferson, José Dirceu (PT-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE).
"Não me arrependo absolutamente. Tudo o que fiz, tanto na captação dos recursos quanto a renúncia, é fruto de responsabilidade coletiva. Eu era presidente do partido no Pará quando tudo ocorreu", afirmou.
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