06/06/2006 - 19h10

Tarso diz que Lula não vai bater boca com Alckmin

ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) disse hoje que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vai ficar batendo boca com o pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin. Com isso, Lula pretende manter neste ano a mesma estratégia "lulinha paz e amor" já adotada na campanha eleitoral de 2002.

"O presidente entende que não deve entrar num bate-boca que possa parecer um debate eleitoral. Lula vai entrar no debate quando se tratar de propostas para o futuro do país", disse Tarso.

O ministro evitou comemorar o resultado da pesquisa Ibope divulgada hoje, que mostrou que Alckmin perdeu sua vantagem no Estado de São Paulo e agora está tecnicamente empatado com Lula. "A pesquisa demonstra vantagem conjuntural. São dados contingenciais porque o processo eleitoral não começou."

Segundo ele, agora é um "momento de elaboração das políticas dos partidos".

Tarso afirmou que não vai se surpreender se Alckmin fizer um discurso cheio de ataques contra o presidente Lula na convenção do PSDB. "Para nós não será nenhuma surpresa se vierem duros ataques porque eles já estão sendo feitos."

Em tom de ironia, Tarso disse que "parece que [os ataques tucanos contra Lula] não são muito positivos para a campanha" de Alckmin.

PDT

Tarso sinalizou hoje que o PT está disposto a fechar uma aliança com o PDT. Segundo ele, o presidente do PT, Ricardo Berzoini, conversou com o presidente do PDT, Carlos Luppi, sobre o eventual apoio do partido à reeleição de Lula.

Segundo Tarso, o PDT está disposto a manter a candidatura de Cristovam Buarque à Presidência. Se Buarque não for para o segundo turno, disse Tarso, o PT espera contar com o PDT "numa coalizão de governo".

Especial

Enquete: o PMDB deve lançar candidato próprio à Presidência?

Leia o que já foi publicado sobre eleições de 2006