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06/06/2006
-
21h12
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
O delegado Danilo Flores, da Polícia Civil de Carazinho (RS), anunciou hoje o indiciamento de 495 integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que invadiram, em fevereiro deste ano, a Fazenda Coqueiros --na cidade gaúcha de Coqueiros do Sul, região norte do Estado-- e pediu a prisão preventiva de dois dos seus líderes. Flores não quis revelar os nomes dos líderes, que, segundo ele, são quatro.
O inquérito, que foi aberto há mais de dois anos, quando a fazenda foi invadida pela primeira vez pelo MST, acumulou 2,1 mil folhas. A fazenda chegou a ser invadida quatro vezes pelo MST no período.
Flores identificou 34 crimes cometidos pelos sem-terra na fazenda em um período de dois anos. Os indiciamentos ocorreram por cárcere privado, furto qualificado, invasão, roubo, dano ambiental, dano ao patrimônio e formação de quadrilha.
Até o início da noite de hoje, os dois líderes contra os quais recaiu pedido de prisão preventiva ainda não haviam sido detidos.
As provas utilizadas pelo delegado no processo foram gravações de vídeo, fotos e depoimentos. O delegado chegou a dizer que indiciaria um total de 800 sem-terra (o número de manifestantes que invadiram o local na última vez, em 28 de fevereiro deste ano), mas isso não foi possível porque entre eles havia crianças e adolescentes. Além disso, alguns nomes e documentos não foram encontrados no sistema da polícia.
Atualmente, a fazenda, de 7.000 hectares, não está invadida. Há acampamentos de sem-terra nas suas proximidades.
Durante os últimos dois anos, houve, no local, incêndios e depredações, além de três mortes não-esclarecidas de acampados.
Alguns dos incêndios ocorreram em plantações de soja existentes no local. Houve também a destruição pelo fogo de uma serraria, que resultou na destruição de mais de 400 metros quadrados da construção e 12 metros cúbicos de madeira já beneficiada que estava no local.
Em outra ocasião, manifestantes cortaram 140 árvores e bloquearam a estrada vicinal que liga Coqueiros do Sul a Carazinho.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o MST
Polícia indicia 495 sem-terra no RS
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da Agência Folha, em Porto Alegre
O delegado Danilo Flores, da Polícia Civil de Carazinho (RS), anunciou hoje o indiciamento de 495 integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que invadiram, em fevereiro deste ano, a Fazenda Coqueiros --na cidade gaúcha de Coqueiros do Sul, região norte do Estado-- e pediu a prisão preventiva de dois dos seus líderes. Flores não quis revelar os nomes dos líderes, que, segundo ele, são quatro.
O inquérito, que foi aberto há mais de dois anos, quando a fazenda foi invadida pela primeira vez pelo MST, acumulou 2,1 mil folhas. A fazenda chegou a ser invadida quatro vezes pelo MST no período.
Flores identificou 34 crimes cometidos pelos sem-terra na fazenda em um período de dois anos. Os indiciamentos ocorreram por cárcere privado, furto qualificado, invasão, roubo, dano ambiental, dano ao patrimônio e formação de quadrilha.
Até o início da noite de hoje, os dois líderes contra os quais recaiu pedido de prisão preventiva ainda não haviam sido detidos.
As provas utilizadas pelo delegado no processo foram gravações de vídeo, fotos e depoimentos. O delegado chegou a dizer que indiciaria um total de 800 sem-terra (o número de manifestantes que invadiram o local na última vez, em 28 de fevereiro deste ano), mas isso não foi possível porque entre eles havia crianças e adolescentes. Além disso, alguns nomes e documentos não foram encontrados no sistema da polícia.
Atualmente, a fazenda, de 7.000 hectares, não está invadida. Há acampamentos de sem-terra nas suas proximidades.
Durante os últimos dois anos, houve, no local, incêndios e depredações, além de três mortes não-esclarecidas de acampados.
Alguns dos incêndios ocorreram em plantações de soja existentes no local. Houve também a destruição pelo fogo de uma serraria, que resultou na destruição de mais de 400 metros quadrados da construção e 12 metros cúbicos de madeira já beneficiada que estava no local.
Em outra ocasião, manifestantes cortaram 140 árvores e bloquearam a estrada vicinal que liga Coqueiros do Sul a Carazinho.
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