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07/06/2006 - 13h26

Lula considera "vandalismo" a invasão e pode falar em cadeia nacional

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou hoje a invasão da Câmara pelo MLST (Movimento pela Libertação dos Sem Terra). Em discurso no Palácio do Planalto, Lula considerou o episódio "uma cena de vandalismo", de pessoas que "perderam a responsabilidade". "O que aconteceu no Congresso não foi um movimento reivindicatório. Eles não apresentaram pautas", disse ele.

O episódio chegou a tal ponto que Lula já foi aconselhado a falar em cadeia nacional de rádio e TV sobre a invasão do Congresso. Segundo fontes do Planalto, o presidente teria ficado muito irritado com a invasão, porque avaliava que teria um "refresco" do quadro político com o início da Copa do Mundo. Assessores do presidente consideram que o episódio será usado durante a campanha eleitoral no segundo semestre.

"As pessoas podem até não gostar do Congresso, mas todos nós somos testemunhas de que esse país era muito menos seguro quando não tinha o Congresso", disse ele.

Em entrevista após o discurso, o presidente afirmou que era responsabilidade do PT avaliar uma eventual punição a um dos lideres do MLST, Bruno Maranhão, que é dirigente do partido. "Deixe para isso para o PT resolver", afirmou.

O presidente comentou que ganhou a eleição para que parte da sociedade, que antes era excluída, pudesse ter acesso ao Palácio do Planalto e citou que várias vezes recebeu movimentos dos sem-teto, dos sem-terra, entre outros. "Já entrou aqui um grande número de pessoas que jamais tinha imaginado colocar o pé no Palácio do Planalto", disse ele.

O presidente ressaltou que já fez greves e passeatas, que já esteve por diversas vezes em Brasília em manifestações, mas que nunca passaram do limite. "Minha cabeça sempre teve certeza de que a democracia nos impõe limites e responsabilidades, que quando ultrapassados, cometemos atos ilegais e que temos que pagar o preço".

Lula não quis comentar as críticas do candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin. O ex-governador de São Paulo disse que o presidente deve satisfação à sociedade pelo episódio e que há "estímulo do governo a esses movimentos instrumentalizados".

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