Publicidade
Publicidade
08/06/2006
-
07h14
FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife
Cerca de 150 lavradores ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) foram retirados ontem pela Polícia Militar da usina Estreliana, em Pernambuco, propriedade pertencente à família do líder do MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra) Bruno Maranhão.
A ação foi determinada pela Justiça, atendendo solicitação dos proprietários. Os sem-terra estavam acampados ao lado do engenho Pereira Grande, que já foi desapropriado para fins de reforma agrária e se encontra em fase de imissão de posse.
A família de Bruno Maranhão e o MST disputam há anos parte das terras da usina, localizada em Gameleira (110 km de Recife). Em novembro de 2005, 300 agricultores atacaram o local e atearam fogo em plantações de cana-de-açúcar, dois tratores e uma motocicleta.
Um mês depois, o MST voltou à área com 2.000 pessoas. Impedido de entrar, entrou em confronto com a PM. Bombas de efeito moral foram lançadas pela polícia. Os sem-terra responderam com pedradas.
O líder do MLST não se envolve no conflito, que inclui ainda pedidos de falência, reclamações trabalhistas e cobranças de dívidas com a União. Bruno Maranhão abriu mão do controle das empresas da família, uma das mais tradicionais e ricas do Estado, para participar de movimentos revolucionários.
Engenheiro mecânico, ele recusou o convite do pai, quando jovem, para administrar uma das empresas do grupo, a destilaria Liberdade. Comunicou à família seu envolvimento político e assumiu suas ações.
Maranhão participou de movimentos estudantis e foi um dos fundadores do PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário), organização que financiava a guerrilha com assaltos a bancos e seqüestros.
Acuado pelo regime militar, ele viveu na clandestinidade, no Chile e em Paris. Com a anistia, retornou ao Brasil e ajudou a fundar o PT, partido que dirigiu em Pernambuco entre 1983 e 1985. Disputou eleições para o Senado e a Prefeitura de Recife. Devido ao tumulto promovido pelo MLST na Câmara, ele foi afastado ontem da executiva nacional do partido.
Leia mais
Polícia prende líder do MSLT, que faz parte da Executiva do PT
Ao menos 20 ficam feridos em invasão da Câmara promovida por sem-terra
Invasão de sem-terra suspende votação de processo contra Janene
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o MLST
Leia o que já foi publicado sobre invasões de sem-terra
MST é retirado de fazenda de líder do MLST
Publicidade
da Agência Folha, em Recife
Cerca de 150 lavradores ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) foram retirados ontem pela Polícia Militar da usina Estreliana, em Pernambuco, propriedade pertencente à família do líder do MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra) Bruno Maranhão.
A ação foi determinada pela Justiça, atendendo solicitação dos proprietários. Os sem-terra estavam acampados ao lado do engenho Pereira Grande, que já foi desapropriado para fins de reforma agrária e se encontra em fase de imissão de posse.
A família de Bruno Maranhão e o MST disputam há anos parte das terras da usina, localizada em Gameleira (110 km de Recife). Em novembro de 2005, 300 agricultores atacaram o local e atearam fogo em plantações de cana-de-açúcar, dois tratores e uma motocicleta.
Um mês depois, o MST voltou à área com 2.000 pessoas. Impedido de entrar, entrou em confronto com a PM. Bombas de efeito moral foram lançadas pela polícia. Os sem-terra responderam com pedradas.
O líder do MLST não se envolve no conflito, que inclui ainda pedidos de falência, reclamações trabalhistas e cobranças de dívidas com a União. Bruno Maranhão abriu mão do controle das empresas da família, uma das mais tradicionais e ricas do Estado, para participar de movimentos revolucionários.
Engenheiro mecânico, ele recusou o convite do pai, quando jovem, para administrar uma das empresas do grupo, a destilaria Liberdade. Comunicou à família seu envolvimento político e assumiu suas ações.
Maranhão participou de movimentos estudantis e foi um dos fundadores do PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário), organização que financiava a guerrilha com assaltos a bancos e seqüestros.
Acuado pelo regime militar, ele viveu na clandestinidade, no Chile e em Paris. Com a anistia, retornou ao Brasil e ajudou a fundar o PT, partido que dirigiu em Pernambuco entre 1983 e 1985. Disputou eleições para o Senado e a Prefeitura de Recife. Devido ao tumulto promovido pelo MLST na Câmara, ele foi afastado ontem da executiva nacional do partido.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice