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08/06/2006
-
09h38
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Protagonista das cenas de depredação de terminais informatizados de atendimento do Congresso, Francielli Denizia Asêncio, 21, morava havia só três meses no acampamento Unidos da Luta, do MLST, em Uberlândia(MG). Moradora urbana, procurou o movimento para tentar "conseguir um pedaço de terra".
Autora de um prejuízo de R$ 77 mil, segundo estimativas da Câmara, Francielli disse à Folha ter consciência da "confusão" em que se envolveu, mas não soube explicar o motivo que a levou a destruir os terminais de informação instalados no Salão Verde da Câmara. "Não sei explicar. Foi uma coisa errada. Aconteceu um imprevisto."
Francielli chamou a atenção por, diferentemente de outros manifestantes, estar vestida como uma jovem de classe média.
Ela, que tem um piercing na sobrancelha e uma tatuagem nas costas, disse que não tem atuação política: foi para o acampamento do MLST porque esperava conseguir "um pedaço de terra". Dois tios, de Campina Grande (PB), conseguiram se estabelecer ganhando terras por meio do movimento. "E eles com situação boa", diz.
Mãe de uma menina de cinco anos, Francielli morava com a mãe em Uberaba antes de ir para o acampamento. Vendia roupas e estudava --disse ter concluído o segundo ano do segundo grau. Mas interrompeu os estudos para se juntar ao MLST.
"Na cidade, estava muito difícil o emprego", contou. Ela tem outros tios morando no acampamento Unidos da Luta.
Francielli chegou na terça-feira de manhã a Brasília, em um ônibus alugado pelo movimento. Foi para um parque com outros integrantes e chegou à Câmara no momento em que a confusão já tinha começado. "Não tem como explicar. Estava todo mundo nervoso", afirmou.
A manifestante passou a madrugada de ontem algemada na 2ª DP em Brasília e não teve contato com a família. À tarde, foi levada para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Deverá responder à Justiça por dano ao patrimônio público, corrupção de menores e formação de quadrilha.
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Autora de um prejuízo de R$ 77 mil, segundo estimativas da Câmara, Francielli disse à Folha ter consciência da "confusão" em que se envolveu, mas não soube explicar o motivo que a levou a destruir os terminais de informação instalados no Salão Verde da Câmara. "Não sei explicar. Foi uma coisa errada. Aconteceu um imprevisto."
Francielli chamou a atenção por, diferentemente de outros manifestantes, estar vestida como uma jovem de classe média.
Ela, que tem um piercing na sobrancelha e uma tatuagem nas costas, disse que não tem atuação política: foi para o acampamento do MLST porque esperava conseguir "um pedaço de terra". Dois tios, de Campina Grande (PB), conseguiram se estabelecer ganhando terras por meio do movimento. "E eles com situação boa", diz.
Mãe de uma menina de cinco anos, Francielli morava com a mãe em Uberaba antes de ir para o acampamento. Vendia roupas e estudava --disse ter concluído o segundo ano do segundo grau. Mas interrompeu os estudos para se juntar ao MLST.
"Na cidade, estava muito difícil o emprego", contou. Ela tem outros tios morando no acampamento Unidos da Luta.
Francielli chegou na terça-feira de manhã a Brasília, em um ônibus alugado pelo movimento. Foi para um parque com outros integrantes e chegou à Câmara no momento em que a confusão já tinha começado. "Não tem como explicar. Estava todo mundo nervoso", afirmou.
A manifestante passou a madrugada de ontem algemada na 2ª DP em Brasília e não teve contato com a família. À tarde, foi levada para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Deverá responder à Justiça por dano ao patrimônio público, corrupção de menores e formação de quadrilha.
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