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08/06/2006
-
21h12
ADRIANA CHAVES
da Agência Folha
O conselheiro da CPT (Comissão Pastoral da Terra), d. Tomás Balduíno, lamentou hoje que servidores tenham sido feridos durante ato promovido pelo MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra) na Câmara dos Deputados na terça-feira, mas defendeu a manifestação dos sem-terra, que terminou em quebra-quebra.
Para d. Tomás, o ataque simboliza a insatisfação do povo conta o envolvimento de congressistas em denúncias de corrupção e impunidade. "Foi uma forma de reagir e mostrar indignação. Não se trata de querer acabar com a instituição, de fechar o Congresso, como ocorreu na ditadura", disse.
"A grande imprensa confunde agressão à democracia com agressão aos ocupantes do Congresso. A instituição pode ser corrompida pelos que lá estão e isso explica a reação dos camponeses", disse d. Tomás.
O conselheiro da CPT avalia que "o dano à democracia causado por algumas coisas quebradas pelos trabalhadores é muito menor que o dano da corrupção e por não se regulamentar as leis que favorecem a reforma agrária, que favorecem os trabalhadores".
D. Tomás defendeu o MLST e outros movimentos de luta pela terra dizendo haver "uma grande dívida do Congresso, do ponto de vista institucional, com os camponeses". A crítica foi uma referência à demora para regulamentar leis complementares ao Plano Nacional de Reforma Agrária.
"Precisa de leis complementares para regularizar a posse fundiária e evitar o superfaturamento das indenizações. Isso já deveria ter sido regulamentado. Da mesma forma, não anda a PEC [proposta de emenda constitucional] para o confisco das terras que usam trabalhadores escravos."
Ele reprovou ainda às críticas contra os atos do MLST: "É a hipocrisia transformada em defesa da instituição. O gesto dos sem-terra agredindo esses ocupantes do Congresso agride o poder econômico".
Em nota divulgada hoje, a CPT afirmou que, apesar de não concordar com todas as formas utilizadas pelo MLST, "compreende a justa indignação" dos trabalhadores e de cidadãos brasileiros em geral diante das recentes denúncias envolvendo o Congresso.
"O que mais agride a consciência dos trabalhadores e trabalhadoras é ver, todos dos dias, deputados e senadores dos partidos que sempre praticaram a corrupção e a defesa dos interesses particulares e de grandes grupos econômicos se arvorarem em paladinos defensores da ética e da moralidade públicas", diz o texto, que cita escândalos como o mensalão e a máfia dos sanguessugas.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o MLST
Leia o que já foi publicado sobre invasões de sem-terra
Conselheiro da CPT defende manifestação dos sem-terra
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da Agência Folha
O conselheiro da CPT (Comissão Pastoral da Terra), d. Tomás Balduíno, lamentou hoje que servidores tenham sido feridos durante ato promovido pelo MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra) na Câmara dos Deputados na terça-feira, mas defendeu a manifestação dos sem-terra, que terminou em quebra-quebra.
Para d. Tomás, o ataque simboliza a insatisfação do povo conta o envolvimento de congressistas em denúncias de corrupção e impunidade. "Foi uma forma de reagir e mostrar indignação. Não se trata de querer acabar com a instituição, de fechar o Congresso, como ocorreu na ditadura", disse.
"A grande imprensa confunde agressão à democracia com agressão aos ocupantes do Congresso. A instituição pode ser corrompida pelos que lá estão e isso explica a reação dos camponeses", disse d. Tomás.
O conselheiro da CPT avalia que "o dano à democracia causado por algumas coisas quebradas pelos trabalhadores é muito menor que o dano da corrupção e por não se regulamentar as leis que favorecem a reforma agrária, que favorecem os trabalhadores".
D. Tomás defendeu o MLST e outros movimentos de luta pela terra dizendo haver "uma grande dívida do Congresso, do ponto de vista institucional, com os camponeses". A crítica foi uma referência à demora para regulamentar leis complementares ao Plano Nacional de Reforma Agrária.
"Precisa de leis complementares para regularizar a posse fundiária e evitar o superfaturamento das indenizações. Isso já deveria ter sido regulamentado. Da mesma forma, não anda a PEC [proposta de emenda constitucional] para o confisco das terras que usam trabalhadores escravos."
Ele reprovou ainda às críticas contra os atos do MLST: "É a hipocrisia transformada em defesa da instituição. O gesto dos sem-terra agredindo esses ocupantes do Congresso agride o poder econômico".
Em nota divulgada hoje, a CPT afirmou que, apesar de não concordar com todas as formas utilizadas pelo MLST, "compreende a justa indignação" dos trabalhadores e de cidadãos brasileiros em geral diante das recentes denúncias envolvendo o Congresso.
"O que mais agride a consciência dos trabalhadores e trabalhadoras é ver, todos dos dias, deputados e senadores dos partidos que sempre praticaram a corrupção e a defesa dos interesses particulares e de grandes grupos econômicos se arvorarem em paladinos defensores da ética e da moralidade públicas", diz o texto, que cita escândalos como o mensalão e a máfia dos sanguessugas.
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