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11/06/2006
-
01h45
da Folha Online
Em ritmo de campanha, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) --líderes nas pesquisas de opinião na eleição para a Presidência da República --fizeram duras declarações em eventos realizados no último sábado, em diferentes Estados.
Em São Paulo, durante a convenção estadual do PFL, Alckmin (que terá sua candidatura oficializada hoje, em Belo Horizonte-MG) disse que o país vive uma 'lambança ética' com o governo Lula e que há 'ausência de autoridade'. O ex-governador fazia referência às denúncias de pagamento de 'mensalão' a deputados e à invasão da Câmara por um movimento de sem-terra que, segundo o tucano, contou coma ajuda do governo federal.
'A invasão na Câmara dos Deputados mostra que falta autoridade a este governo. Essas coisas não acontecem de forma espontânea. Elas só acontecem quando há ausência de autoridade, que é o que está acontecendo hoje no Brasil com esse governo', avaliou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, durante cerimônia no Espírito Santo, que marcava o início das obras do gasoduto Cabiúnas-Vitória, voltou a criticar os governos que o antecederam --o que inclui o de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB-- e afirmou que o Brasil estava 'desmontado' como 'Lego' antes de sua posse, em 2003.
'Quando eu tomei posse, (...) o Brasil já existia, as fábricas já existiam, o povo já existia, mas a impressão que eu tinha é que eu estava diante de um Brasil feito aqueles brinquedos 'Lego', desmontado. Era um quebra-cabeças para a gente consolidar', afirmou.
No discurso o presidente enumerou conquistas obtidas durante seu governo, como a auto-suficiência do Brasil em petróleo, o desenvolvimento do programa de biodiesel, a construção de ferrovias no Nordeste e a redução da desigualdade social.
'Hoje eu posso estar vivendo esse dia 10 de junho de 2006 com a alma mais branda, com a alma feliz, porque, finalmente, nós estamos numa situação sólida', afirmou.
PFL
Além de criticar o governo Lula, Alckmin aproveitou a oportunidade para tentar mostrar unidade entre PSDB e PFL. Seu vice, o senador José Jorge (PE), estava presente, assim como o presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen.
Após a convenção, o candidato tucano seguiu para Belo Horizonte (MG), onde hoje à noite participa de um seminário do PFL. Amanhã, na convenção nacional, haverá a homologação do nome de Alckmin como candidato do PSDB para a disputa da Presidência da República.
Reforma da Previdência
Já Lula também usou seu discurso para defender que seja feita uma nova reforma da Previdência no futuro. 'A sociedade vai ter que compreender que a Previdência, de tempos em tempos, tem que passar por uma reforma, porque, quando ela começou, em 1923, nós tínhamos todos aqueles que trabalhavam, pagando, e ninguém recebendo. Hoje nós temos metade trabalhando e metade recebendo, então, entra menos dinheiro e sai mais dinheiro, as pessoas estão vivendo mais', disse.
Segundo reportagem publicada pela Folha no mês passado, o Planalto já estuda a implementação de uma segunda reforma da Previdência uma política mais flexível do regime de metas de inflação a partir de 2007 caso o Lula seja reeleito neste ano.
A nova reforma da Previdência não englobaria, inicialmente, mudanças no fator previdenciário (alteração no tempo de contribuição e idade para concessão das aposentadorias), conforme relatos de auxiliares do presidente.
A idéia central é apertar o cerco à concessão de alguns benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), como auxílio-doença, e investir na informatização de todos os postos do país para reduzir fraudes.
Caso as iniciativas para aumento de arrecadação da Previdência não produzam os resultados esperados, a mudança no fator previdenciário não está descartada.
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Em ritmo de campanha, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) --líderes nas pesquisas de opinião na eleição para a Presidência da República --fizeram duras declarações em eventos realizados no último sábado, em diferentes Estados.
Em São Paulo, durante a convenção estadual do PFL, Alckmin (que terá sua candidatura oficializada hoje, em Belo Horizonte-MG) disse que o país vive uma 'lambança ética' com o governo Lula e que há 'ausência de autoridade'. O ex-governador fazia referência às denúncias de pagamento de 'mensalão' a deputados e à invasão da Câmara por um movimento de sem-terra que, segundo o tucano, contou coma ajuda do governo federal.
'A invasão na Câmara dos Deputados mostra que falta autoridade a este governo. Essas coisas não acontecem de forma espontânea. Elas só acontecem quando há ausência de autoridade, que é o que está acontecendo hoje no Brasil com esse governo', avaliou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, durante cerimônia no Espírito Santo, que marcava o início das obras do gasoduto Cabiúnas-Vitória, voltou a criticar os governos que o antecederam --o que inclui o de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB-- e afirmou que o Brasil estava 'desmontado' como 'Lego' antes de sua posse, em 2003.
'Quando eu tomei posse, (...) o Brasil já existia, as fábricas já existiam, o povo já existia, mas a impressão que eu tinha é que eu estava diante de um Brasil feito aqueles brinquedos 'Lego', desmontado. Era um quebra-cabeças para a gente consolidar', afirmou.
No discurso o presidente enumerou conquistas obtidas durante seu governo, como a auto-suficiência do Brasil em petróleo, o desenvolvimento do programa de biodiesel, a construção de ferrovias no Nordeste e a redução da desigualdade social.
'Hoje eu posso estar vivendo esse dia 10 de junho de 2006 com a alma mais branda, com a alma feliz, porque, finalmente, nós estamos numa situação sólida', afirmou.
PFL
Além de criticar o governo Lula, Alckmin aproveitou a oportunidade para tentar mostrar unidade entre PSDB e PFL. Seu vice, o senador José Jorge (PE), estava presente, assim como o presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen.
Após a convenção, o candidato tucano seguiu para Belo Horizonte (MG), onde hoje à noite participa de um seminário do PFL. Amanhã, na convenção nacional, haverá a homologação do nome de Alckmin como candidato do PSDB para a disputa da Presidência da República.
Reforma da Previdência
Já Lula também usou seu discurso para defender que seja feita uma nova reforma da Previdência no futuro. 'A sociedade vai ter que compreender que a Previdência, de tempos em tempos, tem que passar por uma reforma, porque, quando ela começou, em 1923, nós tínhamos todos aqueles que trabalhavam, pagando, e ninguém recebendo. Hoje nós temos metade trabalhando e metade recebendo, então, entra menos dinheiro e sai mais dinheiro, as pessoas estão vivendo mais', disse.
Segundo reportagem publicada pela Folha no mês passado, o Planalto já estuda a implementação de uma segunda reforma da Previdência uma política mais flexível do regime de metas de inflação a partir de 2007 caso o Lula seja reeleito neste ano.
A nova reforma da Previdência não englobaria, inicialmente, mudanças no fator previdenciário (alteração no tempo de contribuição e idade para concessão das aposentadorias), conforme relatos de auxiliares do presidente.
A idéia central é apertar o cerco à concessão de alguns benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), como auxílio-doença, e investir na informatização de todos os postos do país para reduzir fraudes.
Caso as iniciativas para aumento de arrecadação da Previdência não produzam os resultados esperados, a mudança no fator previdenciário não está descartada.
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