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12/06/2006
-
09h30
da Folha de S.Paulo
Oficializada a candidatura de Geraldo Alckmin a presidente, o ex-governador reunirá hoje sua equipe para uma reestruturação da campanha. Além da montagem do comitê e da definição da agenda de viagens, o PSDB vai investir em um terço do eleitorado ainda indeciso.
O partido encomendou pesquisas qualitativas ao instituto Vox Populi para identificar esse eleitor e descobrir como atraí-lo. Hoje, segundo pesquisas já apresentadas pelo presidente do instituto, Marcos Coimbra, um terço do eleitorado brasileiro vota em Luiz Inácio Lula da Silva. Outro terço é contra sua reeleição. A fatia restante ainda não se definiu. Esse eleitor nunca foi dissecado.
A estratégia agora é traçar o perfil dos indecisos e convencer esse eleitorado --que já votou em Lula, mas está indefinido--que Alckmin é alternativa viável contra o presidente.
Nessa nova etapa, a equipe de comunicação será ampliada, e o trabalho de construção da imagem do candidato será acompanhado por pesquisas, mesmo a contragosto do marqueteiro Luiz Gonzalez, que deverá assumir oficialmente a coordenação de comunicação.
Registrada pelo partido, uma pesquisa quantitativa foi encomendada para avaliar a situação do candidato em São Paulo. Deverá ser divulgada nesta semana. Numa reunião com o comando do PSDB, Gonzalez concordou com a contratação de institutos para subsidiar a evolução de seu trabalho, embora resista à idéia.
Segundo tucanos, a idéia é profissionalizar a comunicação, evitando uma produção inspirada em intuição e concentrada em Gonzalez. Com as pesquisas, o PSDB pretende medir qual deverá ser a dose de crítica a Lula. O medo é que ataques violentos transformem o presidente em vítima e afugentem o eleitorado indeciso.
Para conquistá-lo, o partido vai reivindicar a paternidade dos programas que levaram à criação do Bolsa-Família. Seria para mostrar a seus beneficiários que eles não serão extintos.
Para popularizar o candidato, a campanha deverá optar por seu prenome nas peças publicitárias. Em vez de Alckmin, ele será chamado de Geraldo. É também uma forma de dar ares de maior intimidade ao pouco conhecido candidato. Para otimizar o tempo, a sigla recebe nesta semana o resultado do levantamento das cidades capazes de influenciar municípios vizinhos. Esses serão os destinos prioritários de Alckmin.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o ex-governador Geraldo Alckmin
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PSDB troca Alckmin por Geraldo para conquistar indeciso
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Oficializada a candidatura de Geraldo Alckmin a presidente, o ex-governador reunirá hoje sua equipe para uma reestruturação da campanha. Além da montagem do comitê e da definição da agenda de viagens, o PSDB vai investir em um terço do eleitorado ainda indeciso.
O partido encomendou pesquisas qualitativas ao instituto Vox Populi para identificar esse eleitor e descobrir como atraí-lo. Hoje, segundo pesquisas já apresentadas pelo presidente do instituto, Marcos Coimbra, um terço do eleitorado brasileiro vota em Luiz Inácio Lula da Silva. Outro terço é contra sua reeleição. A fatia restante ainda não se definiu. Esse eleitor nunca foi dissecado.
A estratégia agora é traçar o perfil dos indecisos e convencer esse eleitorado --que já votou em Lula, mas está indefinido--que Alckmin é alternativa viável contra o presidente.
Nessa nova etapa, a equipe de comunicação será ampliada, e o trabalho de construção da imagem do candidato será acompanhado por pesquisas, mesmo a contragosto do marqueteiro Luiz Gonzalez, que deverá assumir oficialmente a coordenação de comunicação.
Registrada pelo partido, uma pesquisa quantitativa foi encomendada para avaliar a situação do candidato em São Paulo. Deverá ser divulgada nesta semana. Numa reunião com o comando do PSDB, Gonzalez concordou com a contratação de institutos para subsidiar a evolução de seu trabalho, embora resista à idéia.
Segundo tucanos, a idéia é profissionalizar a comunicação, evitando uma produção inspirada em intuição e concentrada em Gonzalez. Com as pesquisas, o PSDB pretende medir qual deverá ser a dose de crítica a Lula. O medo é que ataques violentos transformem o presidente em vítima e afugentem o eleitorado indeciso.
Para conquistá-lo, o partido vai reivindicar a paternidade dos programas que levaram à criação do Bolsa-Família. Seria para mostrar a seus beneficiários que eles não serão extintos.
Para popularizar o candidato, a campanha deverá optar por seu prenome nas peças publicitárias. Em vez de Alckmin, ele será chamado de Geraldo. É também uma forma de dar ares de maior intimidade ao pouco conhecido candidato. Para otimizar o tempo, a sigla recebe nesta semana o resultado do levantamento das cidades capazes de influenciar municípios vizinhos. Esses serão os destinos prioritários de Alckmin.
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