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12/06/2006 - 14h09

Berzoini diz que Lula não se constrange em dividir palanque com mensaleiros

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

O presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP), negou nesta segunda-feira que as candidaturas à Câmara de deputados supostamente envolvidos no "mensalão" e do ex-ministro Antonio Palocci, acusado de ordenar a quebra de sigilo do caseiro Francenildo Costa, sejam constrangedoras para o partido ou para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"O presidente Lula tem tido um comportamento tranqüilo. Ninguém está julgado ou condenado", afirmou. "Não há nenhum constrangimento por parte do presidente Lula ou por parte do PT", disse Berzoini.

João Paulo Cunha (PT-SP), Professor Luizinho (PT-SP) e José Mentor (PT-SP) foram condenados pelo Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro por suposto envolvimento no esquema de compra de votos, mas foram absolvidos em votação no plenário da Casa.

Nenhum deles, incluindo o ex-ministro Palocci, foi condenado pela Justiça. Os três deputados, no entanto, foram denunciados pelo Ministério Público e o ex-ministro é indiciado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público estadual por possíveis desvios de dinheiro da Prefeitura de Ribeirão Preto.

"Essas pessoas não têm nenhuma interdição política. Eles têm direito de disputar as eleições. O PT conhece a biografia deles e entende que, independente de terem cometido erros, têm biografia altamente positiva e não entraremos nessa provocação que setores querem fazer para que pessoas que não tinham nenhuma relação com um sistema de compra de votos, no qual não acredito, tenham suas vidas interditadas por essas acusações", reiterou Berzoini.

Nas diretrizes do programa de governo aprovadas em abril deste ano, o partido reconhece ter cometido erros e haver "desacertos no governo". E confirma ter falhado ao não perceber desvios de conduto no partido.

"Ademais, [O PT] não percebeu a tempo que membros de sua direção haviam enveredado pelo caminho da aventura, tentando, de forma temerária, construir uma base de sustentação governamental e uma política de finanças com base em métodos que o PT sempre repudiou", informou o documento.

Apesar de reconhecer essas falhas, o presidente da legenda afirmou que o PT responderá "com firmeza ataques ao partido ou ao presidente Lula".

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