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12/06/2006 - 16h50

Sem candidato próprio, PMDB faz jogo de Lula

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

A decisão do PMDB de desistir da candidatura própria ao Palácio do Planalto joga o partido nos braços do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O PT não terá o apoio formal da legenda, mas a maioria do PMDB garantirá palanque para sua reeleição.

Os governistas já se articulam para lançar o movimento Pró-Lula, que irá reunir, em princípio, 16 diretórios. Segundo o deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE), o anúncio será feito assim que Lula formalizar a candidatura, o que ocorrerá em 29 de junho. "Agora nós estamos mais confortáveis para apoiar o presidente", disse.

Nas contas dos governistas, o número de Estados em que o partido irá apoiar o petista deve ficar entre 16 e 21. Não entram nesta lista localidades como Mato Grosso do Sul, Acre, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pernambuco, Paraná e o Distrito Federal.

Interlocutores do PMDB dizem que Rio de Janeiro e São Paulo caminham para apoiar o presidente Lula. Os que darão palanque ao petista levam em conta os números das pesquisas eleitorais que indicam vitória do presidente já no primeiro turno. Apoiar hoje Geraldo Alckmin seria perder votos, dizem.

Numa conversa com os senadores Renan Calheiros (AL) e José Sarney (AP), hoje à noite, Lula deve fechar os detalhes de um acordo que lhe garanta o apoio do PMDB num eventual segundo mandato. Os dois cobrarão mais espaço nas discussões das políticas públicas e mais cargos num novo governo. O diálogo ficaria impraticável caso o PMDB mantivesse a tese da candidatura própria.

"A decisão de hoje [da Executiva Nacional] tem reflexos na candidatura à reeleição do presidente na medida em que se o partido tivesse candidato talvez isso dificultasse a eleição de Lula", admitiu o presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP).

Temer fez suspense sobre quem ele irá apoiar nas eleições presidenciais. "Vou anunciar mais para frente", afirmou. A posição de Temer deve depender de uma aliança em São Paulo.

O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aliado do ex-governador Anthony Garotinho, não tem dúvidas de que a decisão da Executiva em enterrar a candidatura própria e a convenção nacional ajuda o PT. "Isso é óbvio. A única possibilidade de ter segundo turno é o PMDB entrar na disputa e o que eles querem é liquidar isso já no primeiro turno. Também serve para os governistas que agora vão ao Planalto pegar mais um pouco de cargo", afirmou.

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